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http://www.publico.pt/mundo/noticia/pedido-de-antecipacao-do-reembolso-ao-fmi-nas-maos-do-eurogrupo-1686346
Eurogrupo deu luz verde para reembolsar antecipadamente o FMI em cerca de metade do empréstimo concedido.
A ministra das Finanças oficializou o pedido, os membros do Eurogrupo aceitaram, e o comissário europeu Pierre Moscovici quantificou o valor que deverá ser poupado por Portugal com o reembolso antecipado de parte do empréstimo do FMI: 500 milhões de euros, ou mais. O pedido de autorização formal de Portugal aos outros membros do clube da moeda única foi rapidamente aceite, e na conferência de imprensa que serviu para dar conta do ponto de situação das negociações com a Grécia, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirmou que esse passo ajudará à “sustentabilidade da dívida” portuguesa.
Jeroen Dijsselbloem realçou que falta ainda o acordo dos países europeus que não pertencem à moeda única, mas que não haverá problemas nesse sentido na reunião desta terça-feira do Ecofin (onde se reúnem todos os ministros das Finanças). Depois, segue-se ainda uma fase de aprovação em alguns parlamentos nacionais, como será o caso da Alemanha, da Holanda, e da Finlândia.
Na linha do discurso de Dijsselbloem, tanto Pierre Moscovici como a directora-geral do FMI, Christine Lagarde, fizeram questão de apontar Portugal como um bom exemplo da aplicação das medidas negociadas com a troika de credores (BCE, Comissão Europeia e FMI).
A autorização pedida por Portugal é necessária porque existe uma cláusula associada aos empréstimos da troika que obriga o país a reembolsar igualmente todos os credores em caso de pagamento antecipado.
Os parceiros europeus, assim como o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla inglesa), devem portanto conceder a autorização a Portugal para pagar apenas ao FMI, abdicando do seu direito de serem reembolsados de igual modo, explicitou Maria Luís Albuquerque na conferência de imprensa desta tarde.
O FMI emprestou 26.350 milhões de euros, cerca de um terço do valor total da troika (78.000 milhões). Agora, o Governo português quer pagar 14 mil milhões de euros em dois anos e meio, antecipação que irá proporcionar a poupança de pelo menos 500 milhões em juros referida por Moscovici. “Esperamos que o pagamento antecipado resulte numa poupança líquida não inferior a 500 milhões de euros em juros para Portugal”, disse o comissário. Até agora, o Ministério das Finanças não tinha adiantado quaisquer estimativas de valores de poupança.
Sobre esta questão "reembolso ao FMI", apetece-me, ressalvar que nem todos os média´s, parecem estar a gostar da quiçá positividade desta iniciativa do governo, é que se nota perfeitamente pela forma como é noticiada de forma simplística(o que devo dizer não é aqui o caso do público)..mas..o que tem de tão importante esta proposta?..na minha opinião, antes de mais, é um sinal da credibilidade que o país recuperou desde o descrédito(?) a que chegou na primavera de 2011, por outro lado, é justo reconhecer o trabalho do MF para tal objectivo, por outro,claro que tal não representa qualquer reestruturação/renegociação da dívida(como já se apressaram a dizer aqueles que nunca querem dar méritos ao governo/alvitrando que já o tinham defendido), mas sim tentar aliviar juros versus austeridade!!!!
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JOÃO ALEXANDRE-ABRANTES
Aposentado , Abrantes