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PROCURE-SE SE HAVERÁ AQUI ALGUMA CONTRADIÇÃO....
http://www.publico.pt/economia/noticia/inquiridos-sentem-que-austeridade-mata-muito-mais-do-que-cura-1624423
61,7% dos portugueses entrevistados num estudo de opinião da Eurosondagem sentem que o resgate financeiro a Portugal “mata” mais do que “cura”.
Maioria dos inquiridos considera que as políticas de austeridade vão continuar nos próximos anos
“A austeridade mata muito mais do que cura”. Éste é o sentimento de 61,7% dos portugueses inquiridos pela Eurosondagem acerca das políticas de austeridade implementadas pela Troika. Estes resultados foram apresentados esta quarta-feira em Lisboa, durante a apresentação do livro "A Austeridade Cura? A Austeridade Mata?".
O estudo de opinião, encomendado exclusivamente no âmbito da obra coordenada por Eduardo Paz Ferreira, corresponde a um “sentimento comum anti-austeridade”, já que mais de metade dos inquiridos considera que a austeridade “afunda o país económica e socialmente”, conforme afirma o professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
No entanto, os sentimentos da amostra considerada dividem-se entre a inevitabilidade (42,5%) e a discordância (37,7%). Este é um resultado “impressionante”, já que espelha a “passividade” e “resignação” com que a população está a lidar com o programa de ajustamento concebido para Portugal, reagiu Eduardo Paz Ferreira, após questionado pelo PÚBLICO sobre os resultados.
No que respeita ao fim do programa de ajustamento, 63,6% dos inquiridos prevê que, mesmo com a retirada das políticas da troika, a austeridade vá prosseguir por uns anos. Estes dados de opinão surgiram na mesma semana em que a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, reafirmou que a disciplina orçamental vai ter continuar por "muitos anos".
O misto entre a convicção de que a austeridade “mata” e vai continuar é, para o ideólogo deste projecto de investigação, “pouco agradável”. Contudo 49,3% dos portugueses inquiridos “duvida da existência de propostas credíveis para lhe por fim”.
Quanto a saber de quem depende mais o abrandamento das medidas, a amostra de portugueses divide-se com uma ligeira maioria a achar que o Governo português e as suas acções prevalecem (46,4%) à “Alemanha, à troika e às evoluções exteriores” (43,2%).
Para esta análise foram entrevistados telefonicamente 1033 portugueses, com mais de 18 anos, sendo que a escolha dos lares foi aleatória. O erro máximo da amostra é de 3,05%, para um grau de probabilidade de 95,0%.
Contribuir para o debate
No livro hoje apresentado são divulgados mais de 80 depoimentos de pessoas de diferentes gerações e posicionamentos políticos, que se pronunciam sobre os efeitos da austeridade no plano económico, no domínio das finanças públicas e nas áreas sociais. Entre os testemunhos prestados estão o de Adriano Moreira, antigo líder do CDS, Eduardo Ferro Rodrigues, ex-líder do PS, Francisco Louçã, anterior líder do BE ou Teodora Cardoso, presidente do Conselho das Finanças Públicas.
“A liberdade de discussão e debate é uma condição essencial da democracia e do desenho de políticas económicas adequadas”, refere Eduardo Paz Ferreira no prefácio da obra, sublinhando esperar que o livro ajude a um debate sobre a actual situação do país.
Aposentado , Abrantes
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Se me for permitido...tenho uma opinião...sobre o que está aqui subjacente...««« De um lado estão aqueles do "politicamente correcto" ou seja os políticos intelectuais e seus seguidores com seus interesses...do outro lado estão aqueles do "politicamente incorrecto " ou seja os que agarrados por uma realidade para a qual directamente não contribuiram mas que perceberam perfeitamente o que lhes aconteceu e está em causa/contestam-no embora achando que lhes foi posto á frente afinal uma inevitabilidade/ pelo que já se estão "marinbando" para a "tal dita correcção"»»»...é o que vejo nos " sinais " vindos...quer do livro " A austeridade cura?..A austeridade mata? quer da " Sondagem aludida "...ora...isto não é nada salutar em democracia mas tem sido desde há muito para onde nos empurraram!!