As obras de requalificação da ponte rodoviária de Abrantes, que começaram em setembro de 2014, estiveram previstas até ao final de novembro de 2015 e deveriam terminar esta quinta-feira, último dia do mês de março, estão atrasadas e vão prolongar-se por mais duas semanas.
Citada pela agência Lusa, fonte oficial da Infraestruturas de Portugal (IP) justificou o atraso por "dificuldades inesperadas na aplicação dos cabos de pré-esforço na ponte, condição necessária para que sejam eliminadas todas as restrições à circulação”.
Assim sendo, segundo a mesma fonte, “serão mantidos os atuais condicionamentos previsivelmente até ao final da segunda semana do próximo mês de abril".
O projeto de reabilitação, adjudicado pela Estradas de Portugal (atual IP) por 2,9 milhões de euros, apontava para 18 meses de uma obra que contempla a interdição de circulação a veículos pesados e a circulação para os veículos ligeiros alternada e condicionada a uma faixa de rodagem, sendo regulada por semáforos.
ADENDA - É MESMO DE " TERCEIRO MUNDO! ", DESDE QUEM SUPERINTENDE A QUEM EXECUTA A OBRA. NÃO SE CUMPRE O QUE SE CONTRATA, DE DESLEIXO EM DESLEIXO, NINGUÉM SE PREOCUPA COM OS TRANSTORNOS/SEUS REFLEXOS E O " POVÃO! " LÁ VAI COMENDO E CALANDO......
JÁ LÁ VAI QUASE MEIO ANO(6 meses) DESDE O MEU ÚLTIMO POST(11/10/15) SOBRE ESTA TEMÁTICA DO BESGATE. A COISA TEM EVOLUIDO MUITO POUCO QUER EM TERMOS FACTUAIS QUER JUDICIAIS, MAIS PARECENDO QUE NÃO ATA NEM DESATA. MAS, VEM AGORA A LUME ALGO DE MUITO SIGNIFICATIVO QUE PODE VIR A TRAZER SURPRESAS(?). TRATA-SE DE UM LIVRO QUE ACABA DE CHEGAR ÀS BANCAS, EM QUE O "CARDEAL!" RICARDO, JÁ UM POUCO MAIS "LIBERTO!" DAS TEIAS "POLÍTICO//RELIGIOSAS/ E QUIÇÁ MESMO UM TANTO JUDICIAIS" VEM EXPOR SUAS RAZÕES SOBRE A "GUERRA!" EM QUE O(s) ESPÍRITO(s) SANTO(s) SE VIU ENVOLVIDO.
DO NARRADO VOU RETIRAR ALGUMAS FASES QUE ACHO UM TANTO SIGNIFICATIVAS:
- o ex-banqueiro ‘quebrou’ o silêncio e aceitou contar à jornalista Alexandra Almeida Ferreira a sua versão dos factos....
- estas conversas originou o livro ‘Os Dias do Fim’, lançado este mês pela Chiado Editora e agora analisado pelo Notícias Ao Minuto....
- A obra debruça-se sobre a queda do império Espírito Santo mas aos olhos do ex-líder da instituição. Muitas são as declarações que podem ser consideradas polémicas, mas em toda a obra, Ricardo Salgado faz questão de assegurar que a culpa do colapso não foi sua e que lutará até ao fim para que a sua honra e a da sua família seja reposta....
- Ricardo Salgado é uma das personalidades portuguesas mais mediáticas nos últimos anos, seja pela queda do BES que aconteceu a 3 de agosto de 2014, que resultou na sua detenção ou pelo seu alegado envolvimento num esquema para fugir ao Fisco e branquear capitais. Isto faz do banqueiro alvo de duas investigações, a do ‘Universo Espírito Santo’ e a do ‘Monte Branco’....
- Aquele domingo à noite, a 3 de agosto, nunca será esquecido pelos portugueses.Foi anunciada a intervenção pública no BES - dividido em dois bancos. Nasceu o Novo Banco, que ficou com todos os ativos ‘bons’ e que recebeu uma injeção de 4.900 milhões do Estado - 3.900 milhões foram emprestados pelo Estado e o restante por vários bancos a operar em Portugal - , depois de apresentar um prejuízo semestral histórico de 3.600 milhões de euros....
- Durante quatro meses, o ex-banqueiro ‘quebrou’ o silêncio e aceitou contar à jornalista Alexandra Almeida Ferreira a sua versão dos factos...
-Neste tempo ainda estava em prisão domiciliária, no verão de 2015 - agora já se encontra em liberdade. E destas conversas originou o livro ‘Os Dias do Fim’, lançado este mês pela Chiado Editora e agora analisado pelo Notícias Ao Minuto....
- “Acabar com o Banco Espírito Santo não castigou apenas a família, castigou a economia portuguesa que perdeu os seus centros de decisão”....
- O colapso:
--- Geriu a instituição durante duas décadas e a sua interpretação do fim é só uma: “Eles sabiam que o BES ia desaparecer. Eles queriam que o BES desaparecesse....
---- Para Salgado só há uma explicação, a “resolução foi uma decisão eminentemente política e que noutro contexto político, outra solução teria sido viabilizada"....“O banco não faliu. Foi obrigado a desaparecer”....Ainda hoje, Ricardo Salgado assegura que o desfecho poderia ter sido diferente. Poderia ter sido arranjada outra solução....
--- “O BES não faliu, foi forçado a desaparecer. Por uma total falta de visão dos governantes do nosso país e da ação por parte do Banco de Portugal que, no fundo, julgo já tinha a intenção de acabar com um banco de família”, acusou Salgado....
--- Hoje tenho uma noção mais clara daqueles que contribuíram para o desaparecimento....
SENDO ASSIM PENSO PODER RESSALVAR - RICARDO SALGADO ENTENDE QUE, O QUE ACONTECEU AO "BESGATE!" NÃO FOI CULPA SUA MAS DE PEDRO PASSOS COELHO/MARIA LUIS ALBUQUERQUE(políticos de visão/índole fraca), O SEU AZAR! FOI NAQUELE TEMPO JÁ NÃO TERMOS(p.ex.) SÓCRATES/TEIXEIRA DOS SANTOS OU NÃO TERMOS JÁ ANTÓNIO COSTA/MÁRIO CENTENO/MARCELO REBELO DE SOUSA(parecendo até que Salgado está a apelar afinal também aqui a uma reversão!)...ENFIM É MESMO COISA DE " DDT!".
Há momentos em que o excesso de ingenuidade em política parece mais compadrio mal disfarçado de cegueira política.
É bonito! É até querido! É mesmo comovente constatar tanta camaradagem, tanta solidariedade para com correligionários e camaradas. Mas há momentos em que o excesso de ingenuidade em política parece mais compadrio mal disfarçado de cegueira política. E quando isso acontece, o que resta é apenas indignação com tanto despudor.
E é de indignação o único sentimento que é possível sentir quando se observa a reacção que o PCP, a líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, e o ex-líder Francisco Louçã tiveram perante a decisão da Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, de empossar o seu antecessor, Lula da Silva, como seu ministro, para que este ganhasse direito a ser apenas julgado pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil — o equivalente ao Tribunal Constitucional português — e assim evitar a possibilidade da sua iminente prisão preventiva no âmbito da operação Lava-Jato.
Não interessa sequer discutir se as acusações criminais a Lula da Silva são ou não verdadeiras. Cabe à Justiça brasileira investigar, provar e punir. O que é facto é que há uma vasta quantidade de políticos brasileiros, dirigentes de vários partidos, governantes, deputados, senadores que foram ou estão a ser investigados por práticas de corrupção. Os casos são vários e vão do Mensalão ao Lava-Jato. Há várias investigações autónomas em curso, sendo que Lula da Silva é referido ou investigado em quatro. É um facto que o juiz Sérgio Moro extrapolou os limites do cargo ao divulgar escutas que devem ficar em sigilo. Mas isso em nada invalida que ele seja uma figura determinante pela coragem que tem demonstrado na investigação Lava-Jato. E por outro lado é bom salientar que ele não é o único juiz que investiga a corrupção na política brasileira.
É também uma evidência que é uma habilidade política de quem se acha impune e acima do Estado de direito democrático optar, como a Presidente Dilma Rousseff fez, por dar posse ao seu antecessor, como ministro do seu Governo, com o objectivo evidente de que este ganhasse o privilégio de só poder ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro. É uma forma de abuso do poder em que Dilma Rousseff pôs em causa o respeito que os ocupantes dos órgãos de soberania democráticos devem uns aos outros.
É bom recordar que, no Estado de direito democrático, os órgãos de soberania são os órgãos de poder político — os presidentes, os parlamentos e os governos —, mas são-no também os tribunais. E que é do equilíbrio de poderes entre estes três órgãos que vive a democracia. Como é bom referir que, no Estado de direito democrático, a Justiça tem de ser autónoma e operante, sem medo do poder político e independente deste. Mais: uma das diferenças entre democracia e ditadura é precisamente a existência nesta última de uma Justiça discricionária exercida por um poder político que não reconhece autonomia aos tribunais. Assim como tem de ser dito que numa democracia é essencial a existência de liberdade de imprensa e de um jornalismo livre que exerça a sua função de escrutinar o poder político.
Isto tudo vem a propósito da indignação de ver parte da esquerda portuguesa a relativizar o que se passa no Brasil e a fazer de Dilma Rousseff e de Lula da Silva vítimas de tenebrosas conspirações de juízes e jornalistas. Seria ridículo se não fosse grave ler o comunicado do PCP em que é dito que "os recentes desenvolvimentos no Brasil não podem ser desligados do aprofundamento da crise do capitalismo", que no Brasil "os seus sectores mais retrógrados e antidemocráticos promovem uma intensa operação de desestabilização e de cariz golpista", que agem "por via da instrumentalização do poder judicial e da acção de órgãos de comunicação social", para uma "acção de desestabilização indissociável do conjunto de manobras de ingerência promovidas pelos Estados Unidos".
Mas igualmente grave é a declaração feita por Catarina Martins de que a acção da Justiça brasileira é um "golpe de Estado do século XXI", acusando "um poder judicial, com órgãos de comunicação social, que está a agir fora do Estado de direito". Ou a relativização feita por Louçã na SIC, em que tentou reduzir ao ridículo as investigações.
Será que Louçã quer fazer de conta que acha que todos nós acreditamos que ele acredita que os indícios conhecidos sobre Lula são tão-só a ida uma vez a uma casa que pensou comprar e não comprou? Considera Louçã que nós acreditamos que ele acredita que é apenas por causa de um juiz que é teimoso e persegue Lula que este está a ser investigado? Será que Jerónimo de Sousa e a restante direcção do PCP acreditam mesmo que nós acreditamos que eles acreditam que o que está em causa é um ataque do capitalismo e dos Estados Unidos a um líder de esquerda?
Minhas senhoras e meus senhores, corrupção é corrupção. Ponto final.Parágrafo.
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JOÃO ALEXANDRE-ABRANTES
Aposentado , Abrantes
Pois,considerar, quanto ao momento político/judicial no Brasil, a posição que tem vindo a ser veiculada por PCP - BE(às claras!) e mesmo por PS(disfarçadamente!) como de comovente, a sua solidariedade a tal ponto que gera uma certa indignação, deixem-me que diga, é ser benévolo demais. Porquê? Por um lado teremos de nos lembrar o que diziam não há muito tempo, Catarina Martins - Jerónimo de Sousa - Louçã - uns tais turco/xuxas!(e tantos outros intelectualóides!) sobre personagens(p.ex.) Cavaco Silva-Oliveira Costa- Dias Loureiro-Paulo Portas e compará-lo com o que advogam ora sobre Lula da Silva/Dilma Rousseff , me desculpem, o resultado só pode ser cinismo desavergonhado. Ainda os hei-de ver a engolir "sapos!"(p.ex.) sobre lavagens! Jato/Marquês por conveniência política/partidária.. !!!
ADENDA - A COERÊNCIA É MUITO BONITA, PARA QUEM PODE E QUER, DAÍ SER DE CONDENAR VEEMENTEMENTE A CORRUPÇÃO, VENHA ELA DE ONDE VIER, CUSTE O QUE CUSTAR......
Marcelo Rebelo de Sousa, que encerraria o encontro, diz que “será de certeza muito difícil” comparecer. Passos Coelho foi anunciado como orador mas também não participará no encontro.
A data é simbólica: 31 de Março de 2016, exactamente 52 anos depois do golpe militar que depôs o Presidente eleito João Goulart, Jango, e instaurou uma ditadura militar no Brasil que durou 21 anos. É precisamente nesse dia que termina, em Lisboa, um seminário luso-brasileiro de Direito com um tema sugestivo: Constituição e Crise – A Constituição no contexto das crises política e económica. Mas é o “quem” desta história que está a levantar várias ondas na relação entre Portugal e o Brasil. É que entre os oradores do seminário estão os principais dirigentes da oposição a Dilma Rousseff – os senadores Aécio Neves e José Serra, o juiz que impediu Lula da Silva de regressar ao Governo Federal, Gilmar Mendes, e o vice de Dilma Rousseff, do PMDB, Michel Temer, que pode nos próximos dias romper a coligação com o Partido dos Trabalhadores (PT) e formar a maioria no Congresso que votará a favor do impeachment (destituição) de a Presidente.
Na próxima semana, entre os dias 29 e 31 de Março, encontram-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa todas estas figuras relevantes da actual crise política brasileira. É uma espécie de “Governo brasileiro no exílio”, como lhe chama, ironicamente, uma fonte oficial portuguesa. No Brasil, o jornal Estado de São Paulo, citando fontes do Governo, descreve o encontro de Lisboa como o “prenúncio do arranjo político para derrubar a Presidente”. A data simbólica e o nome dos intervenientes reforçam a convicção da esquerda brasileira de que o impeachment não tem fundamentação jurídica nem política e trata-se de uma tentativa ilegítima de tomada do poder. Por outras palavras, um golpe. O seminário coincide também com o prazo – 29 de Março – que a direcção nacional do PMDB, o partido que faz parte da coligação do governo, deu para tomar uma decisão final sobre se permanece no governo ou se sai. Qualquer que seja a decisão, ela determinará o futuro de Dilma: o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) é o maior partido político brasileiro e se decidir “descolar”, Dilma dificilmente terá os votos necessários no Congresso para sobreviver à destituição.
Os indícios de que o PMDB caminha para uma ruptura com o governo têm sido assunto diário na imprensa brasileira. Não é segredo que figuras do PMDB e do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB, oposição) se têm encontrado para discutir um possível governo pós-impeachment, em que Michel Temer, o vice-presidente do Brasil, assumiria a presidência coligado com o PSDB. O senador José Serra, do PSDB, que perdeu as eleições presidenciais para Lula da Silva em 2002 e para Dilma em 2010, e que participará do seminário em Lisboa, deu uma entrevista ao Estado de S. Paulo há dias na qual falou abertamente sobre esse cenário, chegando a detalhar os termos de uma eventual aliança PMDB-PSDB: Temer deveria abdicar de tentar a reeleição em 2018, deixando o caminho livre para um candidato do PSDB.
O gabinete de Michel Temer diz que o vice “deve ir” a Lisboa, para o seminário, mas nota que “tudo pode mudar” dada a turbulência política. “A gente não sabe o que acontece amanhã”, disse a fonte contactada pelo PÚBLICO.
Todos estes contornos já provocaram várias alterações no programa do seminário. A mais importante de todas é a quase certa baixa do Presidente português. Marcelo Rebelo de Sousa aparece nos cartazes como orador, no encerramento do seminário. Mas fonte oficial de Belém esclarece ao PÚBLICO: “O Presidente da República foi convidado para encerrar um colóquio académico na Faculdade de Direito de Lisboa, escola com a qual tem, como é sabido, uma relação particular. Seria a primeira oportunidade após a tomada de posse de lá regressar. No entanto, há um problema de agenda muito complexo. O Presidente não sabe ainda se poderá participar. Mas será de certeza muito difícil…”
O seminário é uma co-organização de dois institutos universitários, um de cada país. A parte portuguesa está a cargo do Instituto de Ciências Jurídico-Políticas, da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, presidido pelo constitucionalista Jorge de Miranda.Contactado pelo PÚBLICO, o professor remete esclarecimentos sobre a lista de oradores para o seu vice, Carlos Blanco de Morais: “Ele é que foi o organizador.” No entanto, Jorge de Miranda não deixa de ver razões para a polémica e admite que “pode haver algum aproveitamento” deste seminário para objectivos políticos.
Carlos Blanco de Morais, que deixou recentemente de ser consultor da Casa Civil de Cavaco Silva, rejeita a ideia avançada pelo Estadão. “Não é verdade que isto seja algo de conspirativo.” Embora considere que os organizadores do seminário “não têm de se preocupar com sensibilidades alheias”, admite que há entre os convidados “uma maioria de oposicionistas” ao Governo brasileiro liderado pelo PT. E admite que a crise brasileira, que se intensificou nas últimas semanas é mais um ponto de interesse para o seminário (que é fechado, sendo apenas admitidos na assistência convidados da organização). “Por isso mesmo é que o tema é a Constituição e a crise. Os temas têm de ser actuais.”
Também por isso, Blanco de Morais procurou trazer figuras de alto perfil para o encontro. Além de Marcelo, também o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho foi anunciado (e ainda está, no site do Instituto Brasiliense de Direito Público, IDP) como orador do seminário. Mas o PÚBLICO apurou que isso também não irá acontecer. A razão para isso acontecer tem duas explicações, distintas. Blanco de Morais garante que Passos não podia estar presente, por “razões de agenda”, dada a proximidade do Congresso do PSD.Já Jorge de Miranda garante que a presença do ex-primeiro-ministro levantou dúvidas quanto à pertinência académica do seu contributo.
Outro caso é o de Miguel Prata Roque, secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros: “O secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros foi convidado na sua qualidade de investigador, uma vez que tem obra publicada, precisamente, sobre o tema do painel em causa.No entanto, tendo em conta compromissos governamentais anteriormente assumidos, não vai participar na iniciativa”, adianta o gabinete do governante.
O Instituto da Faculdade de Direito convidou os oradores portugueses. Do lado brasileiro, foi o IDP que tratou da organização. O IDP é uma escola privada, de que é sócio, e fundador, Gilmar Mendes, o juiz do Supremo Tribunal Brasileiro que suspendeu no passado dia 18 a posse de Lula da Silva como ministro da Casa Civil de Rousseff e manteve a investigação sobre o ex-Presidente nas mãos do juiz Sérgio Moro.
Contactado pelo PÚBLICO, o juiz do Supremo Brasileiro Gilmar Mendes, que já se encontra em Lisboa, descartou a ideia de o seminário ser uma "reunião de líderes da oposição" ao governo, "senão não teria chamado" figuras próximas do PT para participarem, como é o caso do senador Jorge Viana e de Luís Inácio Adams, ex-procurador geral do Estado nomeado no segundo mandato de Lula. "E certamente não faria uma reunião em Portugal. Faria na Amazónia ou no Pantanal, talvez", disse.
Gilmar Mendes decidiu suspender a nomeação de Lula como ministro na semana passada por considerar que ela configura "uma fraude à Constituição".
Gilmar Mendes também é acusado, no Brasil, de conflito de interesses neste caso. Nomeado para o Supremo Tribunal Federal pelo ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, é tido como uma figura próxima do PSDB. De resto, foi fotografado num almoço privado em Brasília com José Serra e um economista do PSDB na véspera da sua decisão de suspender a nomeação de Lula. À BBC Brasil, o juiz disse: “Eu não estou proibido de conversar com Serra, nem com Aécio [Neves, outro senador do PSDB e rival de Dilma nas últimas presidenciais, de 2014], nem com pessoas do governo”.
Gilmar Mendes “é um juiz que tem a pior característica possível para um juiz: ter todas as suas posições adivinhadas previamente. Ele sempre se coloca contra o governo, sistematicamente”, diz Francisco Bosco, presidente da Funarte, uma fundação de artes ligada ao Ministério da Cultura brasileiro. “A sua isenção está comprometida. Não tem o pudor de disfarçar as relações promíscuas que tem com os líderes da oposição.”
Para Bosco, a reunião em Lisboa de tantas figuras da oposição num momento tão decisivo representa “uma tentativa de legitimação internacional” do impeachment. O seminário também conta com a participação do empresário Paulo Skaf, do PMDB, adversário do PT e apoiante das recentes manifestações populares contra o governo de Dilma Rousseff.
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JOÃO ALEXANDRE-ABRANTES
Aposentado , Abrantes
Tomando em atenção o narrado nesta local, parece-me, saltar à vista, uma certa "hipocrisia!" própria de alguma nossa elite intelectual e não só. Haveria contudo que conhecer previamente dois factos: 1- Em que altura terá sido lançada a ideia da realização deste encontro-seminário?; 2- Em que data(s) se teriam verificado(certamente e a crer no narrado com aceitação) os convites aos pretensos ali oradores srs. Marcelo Rebelo de Sousa , Pedro Passos Coelho e Miguel Prata Roque, pois, tal permitir-nos-ia saber se tal envolvimento e ora seu descarte, terá de facto a ver ou não com agendas dos próprios?. A registar desde já, na minha opinião, é a infelicidade(!?) dos termos em que o sr. Jorge de Miranda se referiu à possível(!?) não comparência de PPC pois revela uma "pequenez!" evitável..!!!
Presidentes de Cuba e dos EUA estiveram reunidos no Palácio da Revolução. Antes, Barack Obama depositou uma coroa de flores no monumento que homenageia o herói da independência de Cuba, José Martí.
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JOÃO ALEXANDRE-ABRANTES
Aposentado , Abrantes
Esta frase de Castro para Obama «« Destruir uma ponte é fácil e rápido, reconstruir é uma tarefa mais complexa »», dita por um pequeno grande país a um grande, senão o maior país, mereceria ser decifrada . De facto para Cuba, pelo menos, traz-lhe subjacente duas questões fundamentais - o fim do embargo e o fecho de guantanamo -(a que USA mais não sabe responder do que " acabar e fechar, vão, não sei é quando "). Mas, parece-me, que tal frase poderia vir de uns tantos outros países africanos ou do médio oriente(p.ex.) também perante a mesma potência!(e por que não também perante umas certas outras), pois também para esses lados foram destruídas pontes sem reconstruções mas mais destruições como se tem vindo, como ainda hoje, a assistir/infelizmente já para uns e quiçá no amanhã a outrens.!!
Os artigos do Orçamento que destinam verbas à Grécia e à Turquia, que estavam em risco de chumbar, acabaram por passar, com a abstenção do PSD. Tudo está bem quando acaba bem?
A soma dos deputados não chegava, fizesse o Governo as contas que fizesse. Com os votos contra anunciados pelo PSD e a não aceitação das medidas pelos parceiros de maioria dos socialistas (PCP e BE), nem o artigo 80º do Orçamento do Estado (OE), que consagra 106,9 milhões de euros para o “financiamento do programa de assistência financeira à Grécia”, nem o 81º, 24,3 milhões para o “mecanismo de apoio à Turquia em favor dos refugiados” passavam no Parlamento. Por isso, o PS entregou, esta segunda-feira, duas propostas de alteração aos artigos em causa.
A razão é simples. Da mesma forma que anunciou o seu voto contra, previamente, a todos os artigos do diploma, o PSD anunciou também a sua abstenção em todas as propostas de alteração apresentadas ao Orçamento. Ou seja, “por principio”, e não apreciando o valor de cada uma das propostas, o PSD ou vota contra ou abstém-se, conforme os pontos em debate sejam originais ou alterações. Se os 89 deputados do partido de Pedro Passos Coelho votariam contra os artigos como estavam, havia a garantia de que se absteriam caso fossem alterados.
Foi esta “regra cega” do principal partido da oposição, como lhe chama um membro do Governo ouvido pelo PÚBLICO, que deu origem à “trapalhada”, como lhe chama o deputado social-democrata Duarte Pacheco: As alterações chegaram 10 dias depois do prazo. Mas foram aceites, mesmo com a acusação do PSD de que este processo é um “pântano”. Teresa Leal Coelho, a presidente da Comissão de Orçamento, é do PSD. E nenhum deputado suscitou a possibilidade, sugerida pelo Presidente da Assembleia, Ferro Rodrigues, de questionar a “admissibilidade” das alterações em plenário.
Talvez porque, como lembrou Ferro, esta situação não seja “nova”. Ou porque a maioria (PS, PCP, BE, PEV) estaria unida para aceitar as emendas. Talvez porque esta solução, apesar das críticas cruzadas, acaba por agradar a todos. A António Costa e a Pedro Nuno Santos, o seu secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, porque conseguiram sair do impasse e garantir os “compromissos internacionais” a que ambas as alíneas do Orçamento se referem. Ao PSD porque não cedendo na sua “posição de princípio” não fica com o ónus, em Bruxelas, de inviabilizar esses compromissos. Ao CDS, PCP e BE porque lhes permitiu votar livremente, sem o peso de estarem a criar uma crise política.
O BE pôde, até, votar contra o artigo da Grécia, quando pensara abster-se, juntando-se ao PCP na rejeição de ambos os pontos. O CDS, tal como o PÚBLICO anunciou na passada sexta-feira, votou a favor da verba destinada à Turquia e contra a assistência à Grécia.
Isso é o que resulta, na prática. Porque os artigos (foi essa a alteração…) deixaram de indicar o nome dos países a que se destina o dinheiro. O artigo 80º, originalmente sobre a Grécia, passou a destinar 106,9 milhões para o “financiamento de programas de assistência financeira”, depois de uma audição prévia ao ministro das Finanças. O 81º elimina a referência à Turquia, falando apenas do financiamento de “mecanismos europeus em favor dos refugiados”, ouvido antecipadamente o ministro dos Negócios Estrangeiros.
No pingue-pongue ao mais alto nível que este episódio gerou, também António Costa e Pedro Passos Coelho podem manter a sua palavra. No sábado, em Paris, o primeiro-ministro classificou o possível chumbo do PSD a estes dois artigos como algo "absolutamente irresponsável”. Passos respondeu, em Vila Real, atribuindo ao Governo “a obrigação" de garantir a aprovação desses compromissos internacionais. Nenhum perdeu a face.
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JOÃO ALEXANDRE-ABRANTES
Aposentado , Abrantes
Esta " historieta! " que se passou hoje na AR, a propósito da votação na especialidade de uns tais artºs 80º e 81º da proposta do OE/2016, demonstra a política cínica a que chegámos. Na minha opinião não saem bem na fotografia nenhuma das forças parlamentares, pois se era incompreensível a posição de PSD e CDS a que se haviam remetido no final da última semana(a qual vinha em contra ciclo ao defendido há poucos meses quando eram governo), a de PCP e BE(embora coerente com o que sempre defenderam) é cínica pois garantiram-nos que seriam suporte do PS(custasse o que custasse quando estivesse em causa enfrentar a direita) e a do PS não passa de mera fachada pois impunha-se-lhe que mantivesse uma certa coerência de liderança da "geringonça!"(acontecesse o que acontecesse).!!
É DIA 11 DE MARÇO DE 2016...RECUEMOS EM MEMÓRIA(pelo menos aqueles cuja idade o permite) 41 ANOS ATRÁS. ERA TAMBÉM DIA 11 DE MARÇO, MAS, DE 1975. HOJE, NÃO CONSEGUI DESCORTINAR, EM NENHUM ÓRGÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL, QUALQUER ALUSÃO A TAL EFEMÉRIDE - PORQUE SERÁ?....SERÁ PURA DISTRACÇÃO? - SERÁ INTENCIONAL? - SERÁ QUE ESTES NOVOS TEMPOS QUE ESTAMOS VIVENDO TERÃO ALGUMA COISA A VER COM OS DAQUELA ALTURA? - SERÁ QUE VAMOS NO ENCALCE DE ALGO UM TANTO PARECIDO/QUIÇÁ ADAPTÁVEL/ NO HISTORIAL QUE ENTÃO SE SEGUIU ATÉ CHEGARMOS A UMA OUTRA DATA DIGNA DE REFERÊNCIA(i.e.) O 25 DE NOVEMBRO?... OXALÁ QUE NÃO!
DESDE ONTEM QUE ESTAMOS A SER BOMBARDEADOS COM A CELEUMA DA DIFERENÇA NA APLICAÇÃO DO ««« SE...E DO...QUANDO »»», ISTO A PROPÓSITO DUMAS TAIS " MEDIDAS ORÇAMENTAIS ADICIONAIS " COGNOMINADAS COMO O PLANO B DE COSTA/CENTENO, PARECE QUE, EXIGIDAS POR " BRUXELAS! ". VÊMOS OS "TECNOCRATAS! BRUXELENSES!" A DIZER SIM - OS "COMBATENTES! GERINGONCENSES!" A DIZER NÃO - ÀS MESMAS. ONDE ANDARÃO AQUELES E AQUELAS QUE EM TEMPOS INJURIAVAM PEDRO PASSOS COELHO POR OBEDECER CEGAMENTE A BRUXELAS EM VEZ DE LHE FAZER FRENTE(p. ex., a Catarina - o Jerónimo e o Costa de hoje já não são os mesmos de outrora?). JÁ NEM O GRANDE GALAMBA SABE O QUE DIZER(hoje veio chutar para canto sobre aquela celeuma/ironizando que os "bruxelenses!" não se estariam a referir às contas de 2016 da geringonça! mas sim de 2015 da coelhada!). AFINAL DE CONTAS O GRANDE PROTAGONISTA BRUXELENSE É NADA MAIS NADA MENOS QUE O COMISSÁRIO MOSCOVICI(ai se fosse/p.ex. o Moedas, hoje os geringoncenses! estariam de "armas em punhos!"), MAS MOSCOVICI NÃO PASSA DE UM "XUXALISTA FRANCÊS" E COMO TAL A MATÉRIA TEM QUE SER GERIDA COM PINÇAS E QUE SE DANEM OS SES E OS QUANDOS.
A " GERINGONÇA! " PARECE QUE VAI AVANÇAR COM ALTERAÇÕES DE FUNDO NO SISTEMA DA ADSE(vg, alargamento de cobertura a, filhos, maiores, vacinados e de certo modo autónomos, de funcionários públicos que com eles vivam, cônjuges de tfp do sistema privado por opção, etc.). ESTA PRETENÇÃO JÁ ESTÁ A GERAR ACESA DISCUSÃO. DIZEM UNS QUE NÃO SE PERCEBE O ALCANCE. DIZEM OUTROS QUE NÃO É JUSTO. DIZEM AINDA ALGUNS QUE DEVERIA SER ALARGADO A TODOS OS QUE O DESEJASSEM. DIGO EU, MAS AFINAL AO FIM DE QUASE 42 ANOS DE DEMOCRACIA, AINDA ESTAMOS NESTE PONTO? NÓS TODOS, INDEPENDENTEMENTE DE TRABALHARMOS PARA O ESTADO OU PARA O PRIVADO, NÃO DEVERÍAMOS TER OS MESMOS DIREITOS EM TERMOS DE SAÚDE?.... SABEM QUE MAIS .... O QUE ESTARÁ PORVENTURA AQUI EM CAUSA SERÁ UMA HABILIDADE DA " GERINGONÇA! " DE TENTAR ULTRAPASSAR CERTAS LIMITAÇÕES DO SNS....
HÁ UM FACTO QUE NÃO CONSIGO COMPREENDER: ..... O PAÍS AINDA NÃO TEM EM VIGOR O OE/2016(disseram-nos os entendidos...não há problema... até lá, vive-se em duodécimos do OE/2015)). ENTÃO, COMO É QUE É POSSÍVEL, EM FEVEREIRO, TEREM SIDO PAGOS AUMENTOS DE SALÁRIOS E PENSÕES(com rectroactividade a Janeiro)?
JOÃO ALEXANDRE-ABRANTES
Aposentado , Abrantes