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http://www.publico.pt/economia/noticia/governo-ja-mandou-travar-subconcessoes-dos-transportes-1716588
Em carta enviada às empresas, Ministério do Ambiente impede-as de responder aos pedidos de esclarecimento solicitados.
Como era expectável, para dar seguimento às promessas assumidas em campanha eleitoral, o governo de Antonio Costa já tomou medidas para evitar que os contratos de subconcessão de transportes assinados com as empresas Transdev, para explorar o Metro do Porto, Alsa, para explorar a STCP, e Avanza, para explorar a Carris e Metro de Lisboa, possam entrar em vigor. Estes contratos só adquiriam força de lei depois de receberem um visto prévio do Tribunal de Contas, e, num comunicado divulgado este sábado, o Ministério do Ambiente, que tem a tutela da mobilidade urbana, dá conta da intenção de "mandar suspender com efeitos imediatos o processo de obtenção de visto prévio" destes contratos.
Em termos práticos, o que o ministério de Matos Fernandes deliberou - tal como o PÚBLICO já havia avançado - foi impedir as empresas de apresentar qualquer documento que desse resposta aos pedidos de esclarecimentos solicitados pelo organismo que fiscaliza as despesas do Estado. Na carta que enviou às empresas, o Ministério do Ambiente solicitou o "envio de cópia de toda a documentação relativa ao procedimento de contratação que serviu de base à celebração do Contrato de Subconcessão", de "todas as instruções recebidas da tutela relativas ao contrato de subconcessão e respectivo procedimento concursal" e de "todas as deliberações e outras decisões internas relativas a esta matéria”.
Já neste sábado, o ministro do Ambiente esclareceu, citado pela Lusa, que travou as empresas de transporte de prestarem esclarecimentos ao Tribunal de Contas porque a instituição "colocou um conjunto vastíssimo de perguntas" em razão "daquilo que são os contratos e os procedimentos concursais", acrescentando que " algumas delas são de extraordinária difícil resposta".
Matos Fernandes fez questão de frisar que esta decisão "não acarreta qualquer prejuízo" e que "a reversão não se faz num estalar dos dedos" porque o ministério tem agora "um processo de apreciação profundo de todas estas matérias", acreditando que estará concluída "num mês ou mês e meio".
Recorde-se que o Tribunal de Contas devolveu por duas vezes os contratos de subconcessão com novos pedidos de esclarecimento, permitindo, durante essa troca de correspondência, que o prazo de 30 dias úteis que lhe são dados por lei para analisar os procedimentos concursais fosse suspenso. E, tal como António Costa lembrou aos deputados durante a sessão parlamentar em que discutiu o seu programa de governo, a inexistência de um visto prévio impede que o montante de indemnizações que venha a ser pedida pelos consórcios privados aumente.
No passado dia 26 de Novembro, altura em que estava agendada a discussão na Assembleia da República dos projectos de lei do PCP, PS, BE e PEV que definiam a anulação, cancelamento e reversão dos processos de subconcessão dos transportes públicos de Lisboa e Porto, a votação acabou por ser adiada. Por iniciativa do PS, as bancadas de esquerda aprovaram requerimentos que solicitavam a sua não votação na generalidade e a baixa à discussão na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas. A intenção era dar margem de manobra ao governo, para começar a negociar com as empresas em causa.
Todas as bancadas da esquerda são a favor da anulação destes contratos, para garantir a continuidade destas empresas de transporte na esfera pública do Estado. Mas os PCP, BE e PS têm visões relativamente diferentes quanto ao grau de estatitização desses sistemas de transporte. PS e Bloco de Esquerda defendem um aumento da influência das autarquias na gestão destes sistemas, Bloco e PCP pedem alteração das bases de concessão do metro do Porto para garantir que os funcionários que o operam adquiram o estatuto de funcionários públicos (até agora pertencem a uma sociedade operadora que reporta ao concessionário privado) e o PS nunca se mostrou contra a figura da subconcessão privada - foi, aliás, o PS quem lançou o concurso para o Metro do Porto precisamente nesses moldes.
Os processos estão agora na mão do novo Governo, que pretende analisar todos os contratos. E, apurou o PÚBLICO, do lado de alguns operadores ainda existe a confiança de que o Governo poderá chegar à conclusão que é mais vantajoso economicamente mantê-los, em vez de cancelá-los. Nomeadamente no caso do metro do Porto, que sempre foi operado por privados.
Travagens... mas mesmo muito a fundo...é tudo o que o nosso país está a precisar...por exemplo...os portugueses têm de perceber, de uma vez por todas, quem são os culpados do que lhes aconteceu nos últimos anos e depois devem ter coragem democrática de lhes exigir responsabilidades, sem se deixarem influenciar, venha de onde vier, a tentativa, ela mesma, muitas vezes "manipuladora". É o caso aqui da matéria da "travagem das subconcessões dos transportes", porque uns dizem * «« travões a fundo já, que não há quaisquer prejuízos »», outros dizem ** «« cuidado desde já, com o pé no travão, pois que podemos vir a estampar-mo-nos »», porquanto temos visto vozes "ditas avalizadas!?" para um lado e para o outro(p.ex. respectivamente) opinadores insuspeitos!? como MM* - MFL* ou Vital Moreira**...!!!!!!!!!!
* VIDÉ SEU COMENTÁRIO IN SIC DE 29/11.
* " " " " TVI24 DE 3/12.
** " " " " BLOG CAUSA NOSSA - POST DE 3/12 " OLHE QUE VAI ".
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JOÃO ALEXANDRE-ABRANTES
Aposentado , Abrantes