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http://www.publico.pt/politica/noticia/primeiroministro-recebido-como-um-famoso-na-feira-de-s-mateus-1704475
Passos Coelho beijou, tirou selfies, comprou rifas e deu autógrafos. O primeiro-ministro foi “o cabeça de cartaz” na inauguração da Feira de S. Mateus, em Viseu. Foi recebido em euforia, mas há um ano, no mesmo local, a visita tinha sido feita com mais “receio”.
Nas quatro horas que levou a visitar a Feira Franca de Viseu, um dos certames mais antigos do país, o primeiro-ministro foi recebido com entusiasmo pelas centenas de visitantes que compareceram na inauguração de mais uma edição – a 623 – desta festa que dura 38 dias.
Logo na entrada principal, o primeiro-ministro foi recebido com palmas e muitas mulheres acotevelaram-se para conseguir dar um “beijinho ao Passos” e tirar uma fotografia. Uma recepção que deixou o primeiro-ministro motivado para a caminhada pela avenida principal.
Os bombos proporcionaram a banda sonora e Passos Coelho desfilou por entre barracas de bijuteria, roupa, alferes agrícolas e comida. Qual “figura de tv”, pousou para as fotografias, conversou com as pessoas e até não se importou de ser abraçado por alguns apoiantes mais “fervorosos”. “Não estava à espera de o encontrar aqui”, disse surpreso um cidadão que trabalha na Suiça e está em Viseu de férias. “Gostei de o ver”, despediu-se. Por entre a multidão ouviu-se “então onde é que ele está?”. Numa das barracas parou para comprar rifas, mas quem acabou por pagar foi o secretário de Estado da Administração Local, Leitão Amaro, porque o primeiro-ministro tinha deixado a carteira no carro. Com um sorriso de desculpa, Passos Coelho continuou a visita e nem as longas horas que já tinha de cerimónias oficiais durante o dia em Santa Comba Dão e Vouzela o demoveram de continuar o contacto com o povo.
Um Passos Coelho bastante diferente daquele que há precisamente um ano visitou este certame. Na altura, foi abordado por pessoas com queixas “menos simpáticas” e a visita foi feita num clima mais tenso.
“Noto que as pessoas, na sua relação comigo, estão hoje bastante mais descontraídas, sentem-se mais à vontade para chamar atenção das críticas. Já não se nota uma certa crispação na maneira como colocam os seus problemas. Ouvi coisas mais simpáticas, que nem sempre se ouviam noutras alturas", admitiu Passos Coelho. A vista de há um ano “foi numa hora diferente e num contexto diferente. Mas, noto de um modo geral que hoje há gente mais satisfeita, gente mais solta: acho que deve ser um sinal dos tempos", explicou.
As críticas e as queixas também se fizeram ouvir na noite de sexta-feira, como o caso de um homem que ao primeiro-ministro lamentou que a sua reforma tenha levado cortes sucessivos. “Isso já acabou”, prometeu Passos Coelho. O mesmo discurso positivo que teve para com uma senhora que se queixou de ter o salário congelado e outra para quem o salário mínimo “mal dava para comer”. “Estamos melhor do que antes”, contrapôs o primeiro-ministro.
Palavras que não confortaram alguns dos presentes que tentaram fazer-se ouvir por entre os apoiantes. “Vai trabalhar no duro” e “isto é tudo uma cambada de hipócritas”, disseram por entre piadas que envolviam armas e caça ao coelho.
Passos Coelho não abandonou o recinto da Feira de S. Mateus sem antes comer as tradicionais farturas, numa mesa onde além da comitiva, o acompanharam algumas crianças com quem o primeiro-ministro conversou. Assim terminou o dia do primeiro-ministro que durante a tarde inaugurou uma ponte no IP3, foi também recebido com palmas em Vouzela, descerrou a placa de um lar de terceira idade em Cambra e terminou em Viseu acompanhado pelos secretários de Estado oriundos do distrito de Viseu, José Cesário e Amaro Leitão.
É de perguntar, isto foi mesmo assim? e se sim, o que se estará a passar?. Por um lado, sendo aqui o público a relatá-lo, é mesmo de acreditar, por outro, é um facto que se deixou de ver e ouvir os ataques! violentos de outrora(raiando mesmo o insulto/ameaça/e até o denegrir pessoal e familiar), ao PM sr. PPC nas suas deambulações pelo país(claro que continua a haver críticas, porque em certos casos elas têm razão de ser, mas, o modo de as fazer ouvir mudou e por alguma razão isso acontece). Não me surpreenderá que uns "alguéns!" apareçam por aí a proclamar ««ah! isso foi no cavaquistão»» e outros "alguéns!" a dizer ««ah! é enfim hoje o povo a gritar "Coelho amigo os portugueses estão contigo"»». Seja como for, nem 8 nem 80, por mim acho é que muitos já não vão "atrás de foguetes!".!!
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JOÃO ALEXANDRE-ABRANTES
Aposentado , Abrantes