Posições dos dois lados aproximam-se, mas as diferenças são consideráveis na véspera da reunião do Eurogrupo.
Angela Merkel fala de ofertas “generosas” da troika, Alexis Tsipras diz que são antes “ultimatos e chantagem”. A preparação da reunião do Eurogrupo de sábado, de onde se pretende que saia uma solução para a crise que permita que o dinheiro de que a Grécia precisa seja libertado antes da de 30 de Junho voltou a ser feita de frases fortes de ambas as partes, acentuando a incerteza sobre qual será o resultado final.
No Eurogrupo, que está marcado para este sábado em Bruxelas, às 13h (de Lisboa), os ministros das Finanças vão ter nas suas mãos dois documentos, um com as propostas da troika, outro com as propostas da Grécia.
As diferenças entre os dois textos são bastante menores do que no início, mas subsistem. A Grécia quer obter receitas através de um imposto extraordinário de 12% sobre os lucros acima de 500 mil euros e de um aumento da contribuição das empresas para a segurança social, mas a troika recusa, defendendo que isso prejudicaria a economia. Em compensação, pretende que haja mais medidas ao nível das pensões e do IVA.
Na sua última proposta, a Grécia aceitou subir a idade efectiva da reforma para 67 anos até 2022 (inicialmente falava de 2036), mas não quer iniciar este processo imediatamente, como exige a troika. E mantém a intenção de manter isenções de IVA às ilhas e de aplicar uma taxa intermédia de 13% na comida processada e nos hotéis.
Do lado das instituições da troika, a posição assumida é a de que as diferenças entre as partes são já muito pequenas, e acenam com uma extensão de cinco meses do programa, com garantia de financiamento até Novembro, para que a Grécia dê os últimos passos na direcção de um acordo.
De acordo com fontes da troika, em causa estará um montante de aproximadamente 16 mil milhões de euros, que será proveniente de uma série de fontes: a última tranche do segundo empréstimo da zona euro, as últimas tranches do empréstimo do FMI, parte do dinheiro que tem estado reservado para capitalizar os bancos gregos e a entrega dos lucros conseguidos pelo Eurossistema com a dívida pública grega. Este último montante, no valor de 3,6 mil milhões de euros, é o que pode ser libertado mais rapidamente para a Grécia assim que Atenas disser que sim a um acordo, uma vez que não está dependente de uma aprovação nos parlamentos nacionais.
É desta forma que se quer assegurar que, na eventualidade de um acordo, a Grécia ficará com dinheiro disponível para fazer face aos seus inúmeros compromissos. Logo na próxima terça-feira tem de pagar 1600 milhões de euros ao FMI. E em Julho e Agosto, precisa de amortizar os títulos de dívida grega que estão nas mãos do BCE e que correspondem a um valor superior a 7000 milhões de euros.
Que Atenas dê um passo
Se é verdade que o dinheiro está a postos, o acordo ainda parece muito difícil. Do lado dos credores, diz-se que o próximo passo tem de ser grego. “Nós demos um passo em direcção à Grécia, agora cabe ao lado grego dar um passo similar”, disse Angela Merkel no final do Conselho europeu destas quinta e sexta-feira, classificando as propostas da troika como “generosas”.
Mas o Governo de Atenas - que ainda se vai reunir na noite de sexta-feira - diz que o pedido de novas cedências tem um tom de ameaça e mostra descontentamento com a apresentação de uma extensão de apenas cinco meses que não resolve definitivamente o problema. “Os princípios fundadores da União Europeia foram a democracia, a solidariedade e o respeito mútuo. Não foram baseados em chantagem e ultimatos. Ninguém tem o direito de pôr esses princípios em perigo”, disse Alexis Tsipras, o primeiro-ministro grego.
Uma nota divulgada pelo Governo grego afirmava que "a proposta das instituições (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) ao governo grego era para legislar imediatamente sobre medidas profundamente recessivas (...) como condição para um financiamento de cinco meses, o que é de todo insuficiente".
A resposta às declarações de Tsipras veio de Jean-Claude Juncker, o presidente da Comissão Europeia: “O que é anti-europeu é dizer aos gregos que há ultimatos, quando eles não existem.”
Se este tipo de confronto verbal já se tornou hábito nestas negociações, a verdade é que agora acontece num momento em que começa a faltar o tempo para obter um acordo que impeça um incumprimento grego face ao FMI na próxima terça-feira.
A Grécia continua a tentar, como fez ao longo dos últimos quatro meses, puxar ao máximo para cima a decisão sobre um acordo, para o nível dos chefes de Governo, ultrapassando o Eurogrupo, onde o país tem encontrado forte oposição aos seus planos, nomeadamente da Alemanha e do seu ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble.
No entanto, entre os seus colegas de conselho, Alexis Tsipras não tem encontrado o apoio que procura. Angela Merkel voltou a passar esta sexta-feira a discussão para o Eurogrupo, classificando o encontro de ministros das Finanças agendado para este sábado como “decisivo” e avisando que “têm de ser feitos todos os esforços possíveis para se obter um acordo”.
Existe no entanto a possibilidade de que, em caso de insucesso do Eurogrupo, os líderes da zona euro venham a ser chamados novamente a intervir. Nas declarações aos jornalistas no final do conselho, Passos Coelho defendeu que um acordo não pode ser desbloqueado através de uma solução de carácter político, ao dizer que “uma decisão política já foi tomada há vários meses quando em Fevereiro os Estado membros concederam uma extensão de quatro meses ao programa”. No entanto, ao mesmo tempo assumiu que “agora, as negociações são conduzidas pelas instituições e só regressarão à cimeira do euro se algo correr mal”.
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JOÃO ALEXANDRE-ABRANTES
Aposentado , Abrantes
A actual situação " uegregroika " começa a assemelhar-se mais a um " conto para crianças! " do que a uma verdadeira " negociação! ", dando mesmo a impressão que qualquer dos lados esconde algo. Parece-me face aos últimos desenvolvimentos que o que separa os dois lados " troika versus grécia " segundo o que é divulgado, é de tal modo tão diminuto, que não justifica o "alarido? "a que temos estado a assistir de parte a parte, donde a minha conclusão de que o "busilis! "da questão está neste momento num único pormenor..é que..se me afigura perceptível que Alexis Tsipras já aceita quase praticamente tudo o que os troikanos querem, só que, numa condição, estes aceitarem a "reestruturação da dívida grega", só que há actualmente um problema "não há condições para tal seja a que país for"..!!!
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, vai convocar um referendo sobre o acordo proposto pelos credores.
E AGORA... QUE SAÍDA?... AGUARDEMOS UMAS HORAS!
2ª ADENDA DE ÚLTIMA HORA:
MENOS DE 24 HORAS DEPOIS, TUDO SE COMPLICOU AINDA MAIS, PORQUE ALEXIS TSIPRAS ENVEREDOU MESMO POR UMA VERDADEIRA " BURLA POLÍTICA "(PASSOU A DIZER CLARAMENTE NÃO Á TROIKA(QUIÇÁ MESMO Á UE/EURO) E INTERNAMENTE CHUTA PARA O LADO AO PROPOR UM REFERENDO EM QUE DEFENDERÁ O NÃO MAS QUE SE O POVO OPTAR PELO SIM ENTÃO ELE PASSARÁ A DIZER SIM " ISTO É CREDÍVEL? " E PORQUE POR SUA VEZ O EUROGRUPO PARECE TER DECIDIDO QUE JÁ NÃO HÁ MAIS NEGOCIAÇÕES COM A GRÉCIA, DONDE, SENDO ASSIM, DE DUAS UMA, OU.. O QUE ESPERA AGORA A GRÉCIA É ALGO PARECIDO COM O SUCEDIDO EM FINAIS DE 2011 SENDO ENTÃO O GOVERNO DO PARTIDO SOCIALISTA/PASOK/PM PAPANDREOU(QUANDO PRETENDIA REFERENDAR O ENTÃO 2º MEMORANDO), LEMBRE-MO-NOS «« CAIU O O GOVERMO »»..OU A GRÉCIA ASSUME DE UMA VEZ A OPÇÃO DA " SAÍDA " POR SUA INICIATIVA. NA VERDADE TUDO A QUE ESTAMOS A ASSISTIR É DE CONSIDERAR "PROFUNDAMENTE LAMENTÁVEL"...
Ministros das Finanças desistiram de negociar com o Governo da Grécia e rejeitaram prolongar o prazo do programa de resgate. Atenas tem até terça-feira para aceitar a proposta que está em cima da mesa.
Ao minuto: Tspiras apela a um "grande não" no referendo
Acabou a segunda reunião dos ministros das Finanças do Euro......
BEM...QUIÇÁ ESTA "NOVELA!"TENHA CONTINUAÇÃO!
TERCEIRA ADENDA DE ÚLTIMA HORA:
ESTAMOS NO FINAL DA SEMANA " REFERENDÁRIA GREGA ". O QUE VIMOS ESTA SEMANA FOI PURA E SIMPLESMENTE LAMENTÁVEL QUER POR PARTE DOS GOVERNANTES GREGOS QUER POR PARTE DOS RESPONSÁVEIS DAS ACTUALMENTE CHAMADAS INSITUIÇÕES E É ASSIM, NO MEIO DE UMA CONFUSÃO INAUDITA, QUE O " INFELIZ! " POVO GREGO VAI ÁS URNAS NO DOMINGO....A VER VAMOS O QUE IRÃO DIZER.....
QUARTA ADENDA DE ÚLTIMA HORA:
ESTAMOS A POUCO MAIS DE 15 MINUTOS DO FECHO DAS URNAS NA GRÉCIA, DENTRO EM POUCO SABEREMOS, O QUE OS GREGOS DECIDIRAM. O QUE JÁ SABEMOS É A ÚLTIMA INTUIÇÃO DO LÍDER DA OPOSIÇÃO(cá pelo n/burgo):
3 - OU SERÁ QUE....Parece mais uma brincadeira do FuturoPMCosta.
CONCLUI... FINALMENTE ESTOU COM ANTÓNIO COSTA, DE FACTO, SE NO NOSSO PAÍS NÃO HOUVESSE UM PS, JÁ ESTÁVAMOS MAIS QUE GREGOS....HAVIA ADORMECIDO... MAS ACORDEI ENTRETANTO E NÃO É QUE CONSTATEI QUE NÃO ESTAVA A SONHAR...DEU-ME PARA " VOMITAR! "....
QUINTA ADENDA DE ÚLTIMA HORA:
PRONTO...OS GREGOS "REFERENDARAM!" E O QUE DISSERAM NAS URNAS?... «« mais de 60% NÃO, menos de 40% SIM »». E ENTÃO?...UNS APRESSARAM-SE A DEITAR FOGUETES, OUTROS A VOCIFERAR LAMÚRIAS. PARA MIM, O SINAL SAÍDO DAS URNAS É ANTES DE MAIS UM " GRITO DE REVOLTA! " DE UM POVO SATURADO COM TUDO E TODOS. SE A SITUAÇÃO " DA GRÉCIA MAS TAMBÉM DA PARTE DAS INSTITUIÇÕES " JÁ ERA CONFUSA, AGORA ESTÁ PERICLITANTE! QUANTO A ENCONTRAR-SE UMA SOLUÇÃO. ESPEREMOS QUE NAS PRÓXIMAS HORAS(ou dias) HAJA DE AMBOS OS LADOS BOM SENSO. CONTUDO APETECE-ME ADIANTAR PARA JÁ...««« A HAVER AMANHÃ UMA CIMEIRA EXTRAORDINÁRIA DE LÍDERES EUROPEUS PARA DEBATER " GRÉCIA E O AGORA? " E CASO NELA VENHA A SER EQUACIONADA A PRESUMÍVEL PRETENSÃO PRÉVIA DE TSIPRAS DA QUESTÃO DA REESTRUTURAÇÃO DA DÍVIDA, DEVE O NOSSO PM SR. PEDRO PASSOS COELHO(deixando de lado desta vez o do bom aluno?) TOMAR COMO POSIÇÃO PORTUGUESA " PORTUGAL TEM ANTES DE SE PRONUNCIAR DE IR SUBMETER A REFERENDO INTERNO, SE, PORTUGUESES ESTÃO DISPOSTOS A, ABDICAR DOS MILHARES DE MILHÕES DE QUE SÃO CREDORES POR PARTE DA GRÉCIA E A REFORÇAR AINDA MAIS A AJUDA " »»» É CLARO... A NOVELA CONTINUA...
SEXTA ADENDA DE ÚLTIMA HORA:
HOJE, SÁBADO, 11 DE JULHO, " A NOVELA GREGA! " AÍ ESTÁ AINDA E A ESTA HORA(22h) PARECE MESMO QUE PARA DURAR. JÁ VÃO 15 DIAS DESDE O MEU POST INICIAL SUPRA(de 26/6) SOBRE ESTA AQUI TEMÁTICA, E REPARE-SE «« SÓ HÁ POUCOS DIAS, MUITA"GENTE" (da política, jornalística, comentarista e outros que tais) PASSOU A REPARAR(?) / FALAR DE UMA TAL PRETENSÃO DO SR. TSIPRAS(i.e.) A GRÉCIA CEDE PRATICAMENTE EM TODA A LINHA ÁS "INSTITUIÇÕES!" MAS ESTAS TÊM DE CONCEDER Á CABEÇA UM CERTO PERDÃO Á DÍVIDA GREGA »». POIS MUITO BEM... SOBRE ISTO, JÁ SABEMOS, A POSIÇÃO DO NOSSO PM SR. PEDRO PASSOS COELHO E DESCONHECEMOS A DO NOSSO LÍDER DA OPOSIÇÃO/ E CANDIDATO A PM SR. ANTÓNIO COSTA...POR MIM MANTENHO-ME:
Novos prazos de pagamento ou novas maturidades podem ser a solução, admite o primeiro-ministro.
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JOÃO ALEXANDRE-ABRANTES
Aposentado , Abrantes
Como português apoio esta posição do n/PM sr. Pedro Passos Coelho, só que continuo na minha ««« se a posição grega hoje no Eurogrupo e amanhã na cimeira de líderes europeus for a de " apresentam-mos-vos este compromisso de conjunto de medidas a implementar, mas, exigimos à cabeça um perdão(parcial/total) da nossa dívida actual " então impunha-se que a posição do governo português fosse a de defender que previamente teria de ser referendado em Portugal se " os portugueses querem ou não prescindir da sua quota parte de credores perante a Grécia e se ainda assim querem contribuir com mais? ". Ah! e já agora, não haverá por aí qualquer jornalista dos que abordam diariamente o líder da oposição/candidato a PM sr. António Costa que lhe pergunte se apoia ou não um perdão da dívida à grécia !!
SÉTIMA ADENDA DE ÚLTIMA HORA:
HOJE(SÁBADO - 18/07), 8 DIAS PASSADOS DO MEU ÚLTIMO POST, HÁ A REGISTAR PARA JÁ DOIS FACTOS:
1 - CONTINUAMOS SEM SABER SE ANTÓNIO COSTA SUBSCREVE OU NÃO UM DITO PERDÃO DE DÍVIDA Á GRÉCIA;
2 - APÓS AQUELE FIM DE SEMANA "ALUCINANTE!" DE REUNIÕES AO MAIS ALTO NÍVEL EUROPEU, DE CONFUSÕES EM CONFUSÕES, NA MADRUGADA DE 2ªFEIRA, SAI UM "FUMO!", DISSERAM UNS BRANCO(finalmente um acordo)...DISSERAM OUTROS CINZENTO(afinal de contas somente um compromisso). DE CAMINHO, NÃO OS GREGOS(que no referendo de 5/7 disseram NÃO), MAS ALEXIS TSIPRAS(que havia incitado o seu povo aquele NÃO), FOI ACEITE O "DITO COMPROMISSO"(que mais não era senão o que havia sido recusado de forma referendada), E ESTA SEMANA(para não fugir á regra) CONTINUOU A «« CONFUSÃO »», DESDE - TSIPRAS QUE DIZ ACEITAR AQUILO EM QUE NÃO ACREDITA - DEMISSÕES/DIVISÃO NO PODER GREGO - UMA, PARA JÁ, VISÍVEL! SITUAÇÃO DE INCÓMODO DO LADO ALEMÃO(caso do MF que hoje o deixou no ar) E É ASSIM QUE VAI CONTINUAR NOS PRÓXIMOS DIAS, AFINAL DE CONTAS, A UE/EURO TENTA EMPURRAR COM A BARRIGA UMA SOLUÇÃO QUE OBSTE Á QUIÇÁ DEGRADAÇÃO DA UNIÃO E A GRÉCIA(para mal dos pecados do seu infeliz povo) TENTA A TODO O CUSTO PASSAR PELOS PINGOS DA CHUVA(que ainda por cima lhes está a fazer ora tanta falta)....DONDE SER MESMO DE TER EM ATENÇÃO O QUE SE IRÁ SEGUINDO!
Na abertura do Congresso do PSD, o líder do partido e do Governo sustentou que "o país está melhor", acusando a oposição de não o admitir por isso poder ser a sua desgraça eleitoral.
Passos Coelho respondeu às críticas feitas à sua governação quer por instituições externas, como o FMI, quer por militantes do PSD, nesta sexta-feira na abertura do XXXV Congresso do PSD, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.....
O líder do PSD referiu-se a "algumas vozes" que questionam a sustentabilidade das exportações e do défice....Passos Coelho aproveitou a abertura dos trabalhos para confrontar e desmontar a argumentação dos críticos internos quando se juntam à oposição para acusar o seu Governo de "neoliberal" e de incompetência por poder não atingir a meta do défice. "....Fazendo um balanço de dois anos de governação, Passos Coelho sustentou que o país "está melhor", mas garantiu que nunca deitou foguetes. E questionou por que razão não existe vontade do PS em admitir o caminho feito, acusando os socialistas de fazerem estas críticas com fins eleitoralistas.... "É mais importante a recuperação económica....O objectivo da recuperação económica é, para Passos Coelho, "os portugueses ascenderem a uma prosperidade, que não seja uma prosperidade artificial cheia de mentiras"....
Compromissos para abolir ou reduzir portagens nas SCUT só depois das eleições. O líder do PS quer avaliar primeiro o negócio feito com as concessionárias...O primeiro-ministro faz afirmações com “total indiferença e desfaçatez sobre a vida das pessoas que sofrem, e sobre as quais fala”. A acusação vem do secretário-geral do PS, criticando os números e a versão positiva, apresentada por Pedro Passos Coelho, na Assembleia da República, sobre a emigração e os cortes nos salários, pensões e acesso ao rendimento social de inserção.
António Costa acha que o primeiro-ministro, na passada sexta-feira, “deu mais um passo” no sentido de faltar à verdade e distanciar-se da realidade do país. “O rendimento social de inserção [RSI] foi cortado em 44% às crianças”, sublinhou. Uma pessoa recebia no máximo 189,5 euros de RSI. Qualquer outro adulto da família recebia até 70% disso e cada criança até 50%. Em 2012, o Governo reduziu o valor máximo para 178,15 euros. Qualquer outro adulto da família passou a receber até 50% disso e cada criança até 30%.
Já no que diz respeito ao RSI no seu todo, questionou: "Sabe quantas pessoas perderam o rendimento? 170 mil”. A dimensão e alcance deste número, frisou, “significa simplesmente que aquilo que o senhor primeiro-ministro diz não é verdade”. António Costa recordou que o chefe do Governo afirmara que "as pessoas com rendimentos mais baixos não foram objecto de cortes". Por outro lado, recordou a forma como "a classe média foi asfixiada por este Governo no corte de salários e pensões, no aumento dos impostos, das taxas moderadoras, das portagens".
António Costa sublinhou que o primeiro-ministro disse que "as pessoas com rendimentos mais baixos não foram objecto de cortes" e recordou a forma como "a classe média foi asfixiada por este Governo no corte de salários e pensões, no aumento dos impostos, das taxas moderadoras, das portagens".
O líder socialista encerrou este sábado a Convenção Regional do PS, realizada em Portimão, e vai permanecer no Algarve durante os próximos três dias. O encontro, destinado a mobilizar os militantes para a campanha eleitoral, tinha, também, inscrito na agenda, a apresentação dos “compromissos” da proposta governamental, a realizar na região. Porém, a questão mais polémica – abolição ou redução das portagens na Via do Infante – ficou em aberto. António Costa disse que só tomaria uma posição depois “de fazer a avaliação dos custos jurídicos e de uma negociação” com as concessionárias, em relação a esta e às outras SCUT do país. “Não quero ter aqui alguém a dizer, daqui a quatro anos, o António Costa não cumpriu”, justificou. E lembrou que PSD prometeu há quatro anos, em campanha, dez medidas para o Algarve, e “nem uma foi cumprida”.
Em relação ao número da emigração, apresentado por Pedro Passos Coelho, como sendo inferior à Irlanda e à Espanha, negou tal afirmação: “A emigração na Irlanda aumentou 7%, na Espanha 32% e em Portugal 126%”, disse. “Mas que contas são essas senhor-primeiro-ministro?”, perguntou, voltando a colocar o enfoque nas questões europeias. “Os nossos adversários querem-nos convencer de que não há alternativa no quadro desta Europa”. O futuro, apontou, não está “nem na saída do euro, nem prossecução da austeridade”. A solução, disse, “está na coesão e na convergência das economias europeias”.
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JOÃO ALEXANDRE-ABRANTES
Aposentado , Abrantes
Mas será que o sr. António Costa terá a noção do " ridículo "?... me desculpem...ou AC andará de tal modo baralhado! que hoje contraria o que disse ontem(?) sem se aperceber disso... ou...então haverá má interpretação das suas palavras... é que reparamos no título desta local ««« António Costa acusa Passos de criar a ilusão de que o país está melhor »»», recordamos o que disse AC há uns meses numa tal sua reunião com chineses e não é que foi exactamente isto que afirmou...assim de duas uma, ou AC está a fazer de nós uns " parvalhões " ou então somos nós que não distinguimos " chinesises " de " portuguesises "... mas e afinal... o país está hoje melhor ou pior?...para mim é evidente que está melhor, embora tudo dependendo com o quando( não com o há dezenas de anos mas sim com o há poucos anos)!!
MAIS....VAI POR AÍ UMA ACESA DISCUSSÃO Á VOLTA DA QUESTÃO " O PAÍS ESTÁ OU NÃO MELHOR? "... CINGINDO-ME-NOS AOS QUIÇÁ PRINCIPAIS PROTAGONISTAS POLÍTICOS DA ACTUALIDADE " PPC VERSUS AC ", DIRIA, COMO CONSTA ACIMA, QUE, O PM SR. PEDRO PASSOS COELHO VEM ACENTUANDO DESDE HÁ UM ANO, QUE SIM " ESTÁ MELHOR ", POR SUA VEZ O LÍDER DA OPOSIÇÃO/CANDIDATO A PM SR. ANTÓNIO COSTA VEM AFIRMANDO A PROPÓSITO DE TAL QUE NÃO " ISSO É UMA ILUSÃO PASSISTA! "... DE FACTO O PAÍS HOJE ESTÁ MELHOR DO QUE HÁ 4 ANOS ATRÁS(ESTÁ PIOR DO QUE HÁ MAIS DE 1 DÉCADA ATRÁS)... MAS...LOGO UMA OUTRA CONIVENTE QUESTIÚNCULA SE LEVANTA, E " AS PESSOAS ESTÃO MELHOR OU PIOR? ", AQUI, É EVIDENTE, QUE OS SINAIS DE MELHORIA GERAL DO PAÍS TÊM CUSTADO A CHEGAR AO MESMO RITMO ÁS PESSOAS, CONTUDO SÃO JÁ PERFEITAMENTE VISÍVEIS... QUANTO " AO PAÍS ", ALGUÉM DE BOM SENSO, PODERÁ NEGAR O QUE SE TEM VINDO A VER AO NÍVEL, POR EXEMPLO DE, TAXAS DE JURO, TAXAS DE DESEMPREGO/CRIAÇÃO DE EMPREGO, CRESCIMENTO, INVESTIMENTO, COMBATE AO DÉFICE E AO EQUILIBRIO DAS CONTAS EXTERNAS, VOLUME EXPORTAÇÕES,CONSTRUÇÃO CIVIL, ETC.(SENDO CONTUDO VERDADE QUE, PARA UM PAÍS QUE BATEU NO FUNDO, TAIS MELHORIAS SÃO O QUE SÃO, MAS DE REALÇAR, FACE ÁQUILO POR QUE O PAÍS TEVE DE PASSAR NA SEQUÊNCIA DAQUELA "FUNESTA!" PRIMAVERA DE 2011)... E QUANTO " ÁS PESSOAS ", SEJA EM REFLEXO, SEJA POR ALGUM GANHO DE CONFIANÇA, O QUE É CERTO É QUE PARA UM MERO OBSERVADOR É INEGÁVEL O QUE ESTÁ Á VISTA, POR EXEMPLO, DO VOLUME DE NOVOS VEÍCULOS AUTOMÓVEIS DE HÁ 1 ANO PARA CÁ(ESTAMOS DESDE HÁ MESES A BATER RECORD´s EUROPEUS/DIZEM AS ESTATÍSTICAS), DO NÚMERO DE CARROS A CIRCULAR NAS AUTOESTRADAS(DIZ A BRISA/EM SUBIDA), MAIOR CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS(DIZEM AS DISTRIBUIDORAS/EM SUBIDA), AUMENTO NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS(DIZEM AS IMOBILIÁRIAS/EM SUBIDA), AUMENTO DO CONSUMO(DIZEM AS ESTATÍSTICAS/EM SUBIDA), ETC.(SENDO CONTUDO VERDADE QUE QUIÇÁ HAJA UM EXTRACTO POPULACIONAL A QUE URGE DAR UMA MELHOR ATENÇÃO)...DONDE A CONCLUSÃO SÓ PODER SER... É PASSOS COELHO A TER RAZÃO E ANTÓNIO COSTA A CHUTAR PARA O LADO(os condionalismos impõem-lho!)E QUIÇÁ O PS ESTEJA MESMO A PRECISAR QUE LHE ACONTEÇA NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES O QUE SUCEDEU, PARA JÁ(p.ex.), AOS SEUS CORRELEGIONÁRIOS, ESPANHÓIS, GREGOS, BRITÂNICOS, DINAMARQUESES, ATÉ MESMO FRANCESES,ALEMÃES,ETC. (pois poderia contribuir para o acordar dos ainda muitos socialistas convictos)......
DESDE HÁ UM ANO PARA CÁ DUVIDO QUE MUITOS PORTUGUESES JÁ PERCEBAM O QUE AFINAL O LÍDER DO PS / CANDIDATO A PM SR. ANTÓNIO COSTA QUEIRA FAZER. DE FACTO O SEU CARÁCTER ZIGUEZAGUEANTE DE IDEIAS É TAL «« desde o " eu rasgo tudo / devolvo tudo ", passando pelo " estamos ao lado do Syryza " e até chegando á " chinezisse do estamos melhor "... logo desfeito " nunca disse tal " »» QUE DE INTERVENÇÃO EM INTERVENÇÃO, DE ENTREVISTA EM ENTREVISTA, TUDO Á SUA VOLTA É UMA AUTÊNTICA CONFUSÃO.
HOJE AC DÁ UMA ENTREVISTA AO JORNAL PÚBLICO QUE É MAIS UMA ILUSTRAÇÃO DISSO MESMO:
O líder do PS garante que vai valorizar as competências do Estado, racionalizar as obras públicas, criar emprego e desenvolver a economia. Costa anuncia que o seu Governo terá ministros transversais, entre eles o ministro do Mar.
"Recorrer, sistematicamente, à requisição, em outsourcing, de escritórios de advogados ou de analistas financeiros fragiliza a protecção do interesse público", diz Costa
António Costa recusa-se a comentar o caso Sócrates, incluindo o seu impacto político. Continua a não assumir um candidato a Belém. Se for primeiro-ministro, assume que demitirá qualquer ministro que seja investigado por corrupção. E garante que vai moralizar e racionalizar as obras públicas, assim como recolocar no Estado a capacidade técnica e de análise, por forma a acabar como as consultadorias e o outsourcing
PÚBLICO: Sampaio da Nóvoa estava na Convenção. Será o candidato apoiado pelo PS? António Costa: O professor Sampaio da Nóvoa deu-nos a honra de assistir à sessão de encerramento, como já fez no passado. Quanto às Presidenciais, não há nada de novo a dizer para já. No momento próprio, o PS apreciará as candidaturas que existirem dentro da sua família política e decidirá se e quem apoia.
Por que convidou Sampaio da Nóvoa e não Henrique Neto? Enviámos convite ao conjunto de pessoas com quem temos um relacionamento político normal.
Henrique Neto é militante do PS. Como todos os militantes do PS, são convidados por natureza.
Outra promessa que faz é descongelar as carreiras da função pública em 2018. Haverá condições para promover pessoas? Recordar-se-á que durante vários meses, o PS não assumiu compromissos sobre um conjunto de matérias. Resistimos sempre à pressão de assumir compromissos antes de cumprir com rigor a metodologia que nos tínhamos proposto: primeiro, definir uma estratégia com a Agenda para a Década; segundo, fazer a análise do quadro macro-económico para definir a margem orçamental. E em função disso, concluirmos um programa onde o conjunto das medidas tenham sido avaliadas, os seus impactos medidos, e os compromissos poderem ser assumidos com a segurança de que podem ser cumpridos. A medida de que fala resulta do próprio cenário-macro-económico. Que prevê, em primeiro lugar, acelerar a reposição dos cortes salariais. Em segundo lugar, pôr fim a esta estratégia de desvalorização e esvaziamento do conjunto da administração, repondo o príncipio da contratação de um por um.
Haverá admissões? Haverá, em substituição das saídas, o que não quer dizer que seja para o serviço onde se verifique uma saída. As admissões serão feitas em função dos serviços onde é prioritário fazer reforços. Designadamente no domínio da saúde ou dos serviços consulares, que foram particularmente depauperados. Mas prevê-se também, no calendário, e em função da evolução do que está previsto, avançar com o descongelar das progressões.
Vai manter os actuais regulamentos sobre mobilidade? O que propomos é que a lógica não seja de despedimento, mas que, cada vez mais, os funcionários públicos ou os quadros sejam cada vez menos partilhados por serviços e sejam cada vez mais quadros comuns ao conjunto da administração. Por isso, defendemos a criação de centros de competência transversais aos diferentes ministérios. Por exemplo, o Estado não pode continuar a não ter recursos próprios nas competências jurídicas para a negociação de grandes contratos, tendo de recorrer, sistematicamente, à requisição, em outsourcing de escritórios de advogados ou de analistas financeiros. Isso fragiliza a protecção do interesse público e torna aqueles que servem momentaneamente o Estado mais permeáveis à influência, normal, da actividade que desenvolvem noutras circunstâncias para os seus clientes privados.
Vão ter essas competências nos ministérios? O que faz sentido é ter, a nível central, um centro de competências onde possamos centralizar as grandes contratações públicas do Estado e as análises financeiras que o Estado tenha de solicitar. Quando dizemos que precisamos de retomar a contratação na administração pública não é fazer mais do mesmo. O esforço de racionalização do Estado tem de prosseguir, mas não pode ser feito à custa da perda de qualificação de recursos humanos.
Quais são as desvantagens d actual sistema de contratação a entidades privadas? O objectivo é reforçar a isenção, a imparcialidade e a independência. A administração pública durante muitos anos tinha dos melhores quadros nos mais diferentes domínios. A política de sucessivas décadas de descapitalização dos recursos humanos foi enfraquecendo a capacidade do Estado. E o Estado acabou por fazer mais o outsourcing das funções onde se requer inteligência do que nas funções relativamente indiferenciadas onde até fazia mais sentido ter recorrido aos serviços privados. Um motorista, teoricamente, não tem de ser um funcionário do Estado. Mas os técnicos que apreciam o contrato de uma concessão de uma auto-estrada, ai, isso tem todas as vantagens que não estejam momentaneamente a trabalhar para o Estado [mas sim que trabalhem em permanência para o Estado]. Por mais sérios que sejam, é uma questão de princípio.
O programa fala na promiscuidade no sector financeiro. Quem é deve fiscalizar e com que poderes efectivos? A legislação sobre união bancária que tem sido produzida pela UE é um salto em frente da maior importância. Mas não podemos continuar a ter estas áreas de sobreposição ou indefinição de competências entre a regulação bancária e a regulação financeira ou a regulação da actividade seguradora. É necessário clarificar, reforçar a confiança que os cidadãos têm que ter no funcionamento destas instituições. Aprendemos com esta crise que uma má gestão num banco pode ter consequências muito mais gravosas do que pequenas irregularidades administrativas que são cometidas numa repartição de uma junta de freguesia.
Tenciona reverter a privatização da TAP. Como é que isso é exequível? Não sei se será necessário reverter porque nenhum de nós sabe se, até ao dia da tomada de posse do próximo governo, estará consumada essa operação. Essa decisão está sujeita a diferentes autorizações. Faremos aquilo que for possível fazer, no respeito da legalidade, para garantir aquilo que é necessário garantir: que o Estado não perca 51 % do capital da empresa.
O Conselho das Obras Públicas não é paralisante ou redundante da acção do Governo? Se já existisse há uns anos, por exemplo, o Euro 2004 tinha acontecido na mesma, mas provavelmente o Alqueva não. Esta ideia parte da minha experiência e do que eu vivi com três governos enquanto presidente da Câmara de Lisboa e de como não era sequer necessário mudar de Governo, bastava mudar de ministro. Temos de pôr termo ao conflito político em torno das obras públicas que não acontece em nenhum outro país. Primeira regra, temos de alinhar o programa de obras públicas com o ciclo de programação de fundos comunitários, porque, sejamos realistas, será sobretudo à custa de fundos comunitários que as poderemos financiar. O que temos de fazer na próximo legislatura é executar o que, mal ou bem, tenha sido negociado no actual quadro financeiro. Temos de começar a prepararmo-nos para o quadro comunitário de 2020 a 2027. O que propomos é que, até 2018, seja feito o estudo de quais são as infra-estruturas de que o país necessita, que seja fito o debate público, que se possa em 2018 submeter à aprovação da Assembleia da República por uma maioria de dois terços o conjunto do programa. E que até 2020 se possa negociar com a União Europeia.
É esse o objectivo? É. Como também ter melhor informação técnica produzida internamente. Não é possível o Estado andar a gastar milhões de euros em estudos que têm sempre assegurados milhões de euros no contra-estudo a defender o contrário. E já todos percebemos que há um conjunto de empresas de consultadoria que têm uma espécie de repartição do mercado, defendendo tudo e o seu contrário consoante a posição de uns e outros. Temos de estabilizar estas opções. A Espanha, em muitos aspectos, tem um debate político muito mais complexo, muito mais radicalizado do que nós temos, mas os grande projectos de obras públicas são consensualizados. E não passa pela cabeça de ninguém que o Governo que chegue pare uma auto-estrada que está em construção ou decida fazer uma alteração radical relativamente a qualquer projecto.
E com os custo que isso teve. São decisões que são tomadas não é para a legislatura, não é para as nossas vidas é para os séculos futuros. As decisões que o Fontes Pereira de Melo tomou relativamente à rede ferroviária ainda hoje beneficiamos ou suportamos as consequências negativas delas. Agora são decisões que são de tal modo condicionantes para o futuro do país, para as quais temos de ter a melhor informação possível para a decisão e depois que não andem em zigue-zague. Não há país nenhum do mundo onde a esquerda e a direita se possam distinguir por se há comboio ou não há comboio ou se o porto é aqui ou ali.
Se alguém na sua equipa na direcção do PS ou algum membro de um eventual Governo por si liderado for investigado por actos de corrupção que atitude toma? Está disposto como fez, por exemplo, Dilma Rousseff, que demitiu imediatamente quem foi investigado por corrupção? Não é possível exercer cargos públicos sobre suspeição. A nossa ordem jurídica, apesar disso habitualmente não ser bem entendido, obriga o Ministério Público a abrir investigação sobre qualquer denuncia, mesmo que anónima, mesmo que tenha ou não fundamento. O que posso dizer é o seguinte. Sempre que houver uma dúvida fundada por parte do Ministério Público relativamente à prática de qualquer ilícito por parte de um membro do Governo, isso implica necessariamente a cessação de funções por parte desse membro do Governo. Mas sublinho, dúvidas fundadas.
O que quer dizer por dúvida fundada? Confio que o Procurador-Geral da República comunique no devido momento que entende que existe dúvidas fundadas que aconselham à cessação dessas funções. Creio que é a forma institucionalmente adequada a respeitar a autonomia do Ministério Público, de não implicar na violação do segredo de Justiça, mas de um correcto relacionamento entre órgãos do Estado.
Pensa que José Sócrates devia estar já em detenção domiciliária? Como sabe, estabeleci como regra que não me pronunciarei sobre assuntos que estão sob alçada da Justiça e que deve ser a Justiça a apreciar.
Retirando a parte sob alçada da Justiça, teme que este caso prejudique o PS? Isso é uma questão para jornalistas políticos. Eu, desde que sai da Quadratura do Círculo interrompi a minha actividade de comentador.
Não quer falar do possível aproveitamento político do caso José Sócrates? Como tudo o que acontece no mundo, qualquer facto releva positiva ou negativamente para a vida. Mas isso é um tema de jornalistas.
Preocupa-o o momento em que seja feita a acusação? Se for antes das eleições. Como lhe disse não tenciono dizer nada que condicione de uma forma ou de outra o exercício da actividade da Justiça. Portanto, não só não comento as suas decisões, como não comento ou sugiro os seus timings. Cumpre-me confiar no sistema de Justiça para ter a certeza de que também os actos processuais decorrerão no momento em que devem decorrer e não em função do calendário político.
Portanto, não dirá nada sobre um conjunto de coincidências como a detenção na altura da realização do Congresso do PS e o anúncio da decisão da pulseira electrónica precisamente no momento em que o PS apresenta o programa eleitoral. Não é coincidência a mais? Não me ouviram até agora pronunciar-me sobre isso e a única coisa que me ouviram dizer e continuarão a ouvir dizer, mesmo que repitam agora numa quinta forma diversa a mesma pergunta, é que não me pronunciarei sobre casos que estão sob a alçada da Justiça, designadamente este.
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JOÃO ALEXANDRE-ABRANTES
Aposentado , Abrantes
Leio esta entrevista ao líder do PS / candidato a PM sr. António Costa e fico perplexo..mas..este AC é o mesmo de há cá 1 ano? Por onde andará o tal combatente que uns certos donos! do PS empurraram para a liderança, diga-se, através de um golpe de baixa política contra o então líder sr. Seguro, a fim de que aquele protagonizasse o que este último no entender daqueles "iluminados!" não havia meio de conseguir, ou seja, reduzir, logo, em termos de sondagens depois em próximas eleições, um tal PPC(um garoto, ignorante e mais não sei o quê.../ cfr. é classificado por um tal dito pai da nossa democracia e que urgia ser corrido nem que fosse á paulada...cfr. alvitrou um tal dito símbolo do 25/4) á sua insignificância e que até há uns meses atrás tudo e a todos(até ficarmos gregos) prometia!!
DESDE O MEU ÚLTIMO POST (18/3), ANDAVA RELUTANTE EM VOLTAR A OPINAR SOBRE ESTA TEMÁTICA, MAS, ONTEM, ASSISTINDO AO PROGRAMA " BARCA DO INFERNO " DA RTP-INFORMAÇÃO, E PERANTE UMA DAS INTERVENÇÕES DA SRª ISABEL MOREIRA, QUE ALIÁS ACHEI, DIRIA NO MÍNIMO, «« DE MUITO MAU GOSTO! »» ENTENDI NÃO SER DE FICAR CALADO. ENTÃO E AFINAL O QUE SE PASSOU? BEM, NÃO É SEGREDO NENHUM QUE A FILHA DO SR. ADRIANO MOREIRA SENTE UMA AUTÊNTICA " URTICÁRIA! " DE CADA VEZ QUE SE REFERE AO ACTUAL PM SR. PPC(COISA DE QUE O SEU PAI TAMBÉM VEM SOFRENDO). ALUDIA ELA A UMA RECENTE CERIMÓNIA OCORRIDA EM COIMBRA NO " PORTUGAL DOS PEQUENINOS " A QUE SE DIGNOU COMPARECER PEDRO PASSOS COELHO (PM ELEITO DEMOCRÁTICAMENTE). ISABEL MOREIRA APROVEITOU PARA " DESANCAR MALICIOSAMENTE NO PM FACE AO ACTO A QUE PRESIDIA / ULTRAJANDO ATÉ O SIMBOLISMO DAQUELE ESPAÇO QUE FAZ PARTE DA HISTÓRIA DO NOSSO PAÍS " (CHEGANDO ATÉ A LEMBRAR CERTOS ENSINAMENTOS LÁ DE CASA!). ORA, PARA MIM, O " PORTUGAL DOS PEQUENINOS " REPRESENTA ALGO, MESMO QUE ALGUNS O ASSOCIEM AO DITO " TEMPO DA OUTRA SENHORA! ", QUE MUITO ME APRAZ. ISABEL MOREIRA TEM TODO O DIREITO Á OPÇÃO IDEOLÓGICA QUE DIZ SER A SUA, TAL COMO SEU PAI, ADRIANO MOREIRA, TAMBÉM TEM O DIREITO DE ACTUALMENTE SE SITUAR NO CAMPO POLÍTICO QUE TANTO GOSTA VIR EVIDENCIANDO COMO UM IDEAL, SÓ QUE HÁ LIMITES QUE EMBORA A DEMOCRACIA TOLERE, NÃO DÃO O DIREITO A QUEM SERVIU E SE SERVIU DO ANTERIOR REGIME PARA TENTAR APAGAR! DA NOSSA MEMÓRIA O QUE FAZ PARTE DA NOSSA HISTÓRIA COMO PAÍS, GOSTE-SE OU NÃO, AO MESMO TEMPO QUE SE SUBESTIMA O REGIME EM QUE VIVEMOS NAS PESSOAS QUE NELE SE ELEGEM, GOSTE-SE OU NÃO. ENFIM, CERTO..CERTO..É QUE TEMOS DE ESTAR PREPARADOS PARA TODO O TIPO DE " GENTALHA! ", MESMO QUE SE TRATE DE " VIRA-CASACAS! " DE OCASIÃO....
Presidente do Benfica garante que não tem pré-acordo com nenhum treinador.
A partida de Jorge Jesus já foi tornada oficial pelo Benfica, que deu por encerradas as negociações para a renovação do contrato do técnico que vai rumar ao Sporting. Esta noite, o presidente do clube admitiu estar desiludido mas disse que vai procurar “um treinador de carácter”. E garantiu que não há pré-acordo com nenhum treinador.
Antes de um jantar com deputados da Assembleia da República no Estádio da Luz, Luís Filipe Vieira fez um discurso com críticas implícitas a Jorge Jesus. “Os que me conhecem sabem que uma das maiores virtudes que aprecio é a gratidão. Define muito o carácter das pessoas. Vou procurar, com tempo e sem pressa, um treinador de carácter, ambicioso, comprometido com o Benfica e toda a estrutura do clube”, vincou.
O presidente dos “encarnados” esclareceu ainda que não existe pré-acordo com nenhum treinador. “Dou a minha palavra de honra: não tenho pré-acordo com ninguém, mas tenho ideia muito clara do que quero para o Benfica. Um treinador sem medo de apostar nos nossos miúdos, que seja capaz de fazer projecto integrado dos escalões de formação até ao futebol profissional. Não há insubstituíveis nesta casa, mesmo que alguns pensem que o são. Estou desiludido”, admitiu Luís Filipe Vieira.
“O tempo é sempre o melhor juiz. Veremos o que o tempo nos dirá no próximo ano. Não se preocupem com os que partem, alegrem-se com os que ficam, é com eles que vamos continuar a ganhar”, sublinhou ainda o dirigente. Vieira tinha frisado que os sucessos atingidos esta temporada (conquista do campeonato, Supertaça e Taça da Liga) devem-se a um trabalho colectivo: “Ninguém constrói nada sozinho, muito menos num clube com a dimensão do Benfica. Os títulos, qualquer um, são fruto de um trabalho colectivo. Todos os que trabalham no Benfica são campeões e merecem o sucesso que o clube está a viver.”
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JOÃO ALEXANDRE-ABRANTES
Aposentado , Abrantes
Como "declaração de interesses, diria, sou benfiquista"..devo dizer que, independentemente, de quem a nível, dirigente, técnico ou jogadores, esteja a cargo o futebol do SLB, eu serei sempre simpatizante do "glorioso",em caso de vitória ou derrota..este episódio que estamos a viver, i.e. a saída do responsável técnico Jorge Jesus e sua ida para o SCP, parece-me ser de encarar com toda a normalidade. JJ estava em final de contrato com o SLB, tem todo o direito de escolher o seu futuro e o SLB só tem que procurar um substituto. Penso que, o SLB teve nestes últimos anos e o SCP vai ter, um dos melhores treinadores portugueses. Contudo tenho que registar um facto "lastimável" à volta desta "transferência futebolística!", envolvendo, JJ e Bruno Carvalho na falta de ética/desrespeito a MSilva mas também LFP na forma como aborda a saída/para onde...!!!
Processos foram assumidos por João Araújo e Pedro Delille, que defendem o ex-primeiro-ministro no processo conhecido como Operação Marquês.
Proença de Carvalho representava Sócrates em processos em que era queixoso
O conhecido advogado Daniel Proença de Carvalho, que durante vários anos foi o principal representante legal de José Sócrates, deixou por completo a defesa do antigo primeiro-ministro. Os últimos dois casos em que Proença de Carvalho era advogado de José Sócrates, dois processos cíveis intentados contra o jornal Correio da Manhã, foram subestabelecidos no início deste ano no colega João Araújo, que encabeça a equipa de defesa de Sócrates no processo conhecido como Operação Marquês.
A iniciativa de abandonar estes casos partiu de Proença de Carvalho, que desmente que esse afastamento esteja de alguma forma relacionado com a OperaçãoMarquês, que levou à prisão preventiva do antigo governante em finais de Novembro do ano passado, num processo que investiga suspeitas de branqueamento de capitais, fraude fiscal e corrupção.
Contactado pelo PÚBLICO após ter confirmado a informação junto do advogado João Araújo, Proença de Carvalho admitiu ter subestabelecido os casos de Sócrates que tinham pendentes. “Não fazia sentido estar a representar o engenheiro José Sócrates só nestes processos cíveis”, justificou o reputado advogado, que também ocupa diversos cargos de direcção em grandes empresas, sendo actualmente presidente do conselho de administração da Cimpor e da Global Media Group, que detém os jornais Diário de Notícias e Jornal de Notícias e a rádio TSF. “Além disso estes processos tem alguma relação com a vida que o engenheiro José Sócrates tinha em Paris”, acrescenta Proença de Carvalho.
Sobre as escutas que fazem parte da OperaçãoMarquês, Proença de Carvalho admite que as conversas que teve com Sócrates podem constar do processo, mas insiste que as mesmas são “irrelevantes”. E nega que tenha sido o ex-primeiro-ministro a telefonar-lhe para arranjar um advogado para defender o seu então motorista, João Perna. “As minhas conversas estarão entre milhares de escutas com muitas pessoas. Mas não haverá uma única escuta que tenha a ver com o conteúdo deste processo”, sublinha o famoso advogado.
Contactado pelo PÚBLICO, João Araújo confirma que assumiu, com o colega Pedro Delille, os casos de Sócrates que estavam nas mãos de Proença de Carvalho. “A vontade originária desta alteração foi do Dr. Proença de Carvalho que entendeu que isso seria mais conveniente”, afirma João Araújo. E remata: "Isto está tudo ligado”. Refere-se aos processos intentados, no início de 2013, contra 14 jornalistas do Correio da Manhã. Neste acção, Proença de Carvalho acusava o Correio da Manhã de criar na opinião pública a ideia que Sócrates levava uma vida milionária na capital francesa "sustentada por uma riqueza cuja origem pelo menos suspeita, senão ilícita". E insistia que se estava “perante uma das mais intensas campanhas persecutórias e difamatórias exercidas sobre um político português por parte de um órgão de comunicação social".
A ausência de Proença de Carvalho na defesa de Sócrates foi alvo de muita especulação desde que o ex-primeiro-ministro foi detido e surgiu a defendê-lo um advogado até aí desconhecido do grande público. Proença de Carvalho afirmou então ao PÚBLICO que não tinha sido contactado pelo ex-primeiro-ministro para o representar afirmando, porém, que o ex-primeiro-ministro continua a ser seu cliente em vários outros casos – nos quais era queixoso e não suspeito. “Não vou renunciar à procuração de José Sócrates nesses casos”, disse então o advogado. “Não somos nós que escolhemos os clientes. Os clientes é que nos escolhem a nós”, rematou.
Nessa altura omitiu, contudo, um facto que veio a ser conhecido mais tarde: a sociedade de que é um dos principais sócios estava a representar o então motorista de Sócrates, João Perna, detido no âmbito da mesma operação. A defender o motorista de José Sócrates surgiu um jovem advogado Daniel Bento Alves, que acabou por renunciar a defesa após terminada a fase dos primeiros interrogatórios. O silêncio de João Perna acabaria por custar ao motorista um mês na cadeia, tendo em finais de Dezembro, já com outro advogado, conseguido reverter a prisão preventiva em prisão domiciliária. Em Fevereiro a medida de coacção é novamente aligeirada, ficando Perna apenas sujeito a apresentações periódicas junto das autoridades policiais.
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JOÃO ALEXANDRE-ABRANTES
Aposentado , Abrantes
Bravo...srª Mariana Oliveira... este seu artigo, na minha opinião, está " primoroso ", aliás, aqui o jornal público, é um dos únicos órgãos da nossa comunicação social capaz de tal. O sr. Daniel Proença de Carvalho, independentemente, da sua competência profissional, sempre foi uma personalidade, diria, " tablóide! ", só que, também ele tem, o que considero, de «« pecadilhos! »», os quais, como aqui acontece, devem ser avivados na memoria, pelo menos, dos mais descuidados...!!!!
JOÃO ALEXANDRE-ABRANTES
Aposentado , Abrantes