Jerónimo diz que PS desertou em combate
L´´ider do PCP almoçou em Ponte de Sor com militantes.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse este sábado que o PS “desertou em combate” como partido da oposição nos últimos quatro anos e esteve “comprometido” com as políticas desenvolvidas pelo Governo PSD/CDS-PP.
“Em relação ao estar na oposição, tardou muito, um PS que durante quatro anos esteve preso, eu não diria pelo rabo, porque a imagem pode ser ofensiva, mas esteve condicionado, desertou em combate porque esteve comprometido com esta política, com a situação que vivíamos”, disse o líder do PCP.
O PS, segundo Jerónimo de Sousa, “teve responsabilidades de chamar a troika estrangeira para cá”, assinou o “pacto de agressão juntamente com o PSD e o CDS-PP” e foi o partido que “aprovou o PEC 1, PEC 2, PEC 3 e PEC 4, que já lá tinha muitas das medidas que este Governo [PSD/CDS-PP] acabou por executar”.
Jerónimo de Sousa, que falava em Ponte de Sor, no distrito de Portalegre, durante um almoço com simpatizantes da CDU, alertou que o PS “não tem políticas alternativas” para apresentar aos portugueses nas legislativas.
“Chegados aqui, nós verificamos que o PS não tem uma política alternativa, que o PS, no essencial, quer continuar o mesmo caminho. Claro que a direita, mais à bruta, mas o PS de forma inteligente”, disse.
Para o secretário-geral do PCP, “o povo português não precisa de actos de inteligência do PS, o que o povo português exigiria era que o PS fizesse uma ruptura com esta política de direita e fosse, de facto, uma alternativa e não mera alternância como pretende ser nestas eleições”.
Jerónimo de Sousa, que fez um balanço “dramático e trágico” da acção do actual Governo, lamentou que o país esteja nesta altura “mais endividado” ao estrangeiro, viva com “mais desemprego”, e sublinhou que Portugal passa por uma situação “dramática”, ao possuir, em risco de pobreza, cerca de três milhões de pessoas.
O líder do PCP, por outro lado, frisou que o seu partido é “cada vez mais ouvido” pelos portugueses, porque não está envolvido no “lodo” da corrupção e de casos de “pouca vergonha” que têm ocorrido no país.
“Não basta ser sério, é preciso, de facto, uma política alternativa. E nós queremos dizer àqueles que dizem que nós somos apenas um partido de oposição, de protesto, que quando o povo português entender e quiser, este partido assumirá todas as responsabilidades, incluindo no plano do governo, porque temos condições e propostas”, afirmou.
Comentários:
Eis o líder do PCP sr. Jerónimo de Sousa fiel aos seus princípios ideológicos(à semelhança daquele que foi um dos seus maiores símbolos partidário "Álvaro Cunhal / claro"), só que com um "outro ar moderno!". Aqui, em Ponte de Sor, as suas apreciações, são "certeiras!", quiçá em certos pontos, de forma algo exagerada, mas, o essencial dos princípios que lhe estão subjacentes, formulados com uma certa habilidade humorística, acertam na "bucha!". Só que uma sua abordagem nas últimas horas acerca da noticiada renovação do mandato de Governador do BdP do sr. Carlos Costa(a iniciativa do PM sr.PPC), penso que "borrou a pintura!", não me refiro à opinião sobre esta recondução(que lhe assiste), mas, ter aproveitado a oportunidade para a defesa da nacionalização bancária(quererá +BPN´s?)..!!
JOÃO ALEXANDRE-ABRANTES
Aposentado , Abrantes