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http://www.publico.pt/politica/noticia/costa-defende-nova-fiscalidade-para-o-pais-1684806
Como alguém(?) costuma dizer ««« chamem-me o que quizerem »»», mas tenho de o dizer...este sr. António Costa tem enormes e elevadas responsabilidades perante o que sucedeu a todos nós portugueses, apetecendo-me mesmo retorquir-lhe, face ao que anda por aí a apregoar, que, "ele fala, fala, não o vejo a propor nada de diferente e concrecto,fico chateado", é os ataques ao governo sobre, a dívida, a austeridade, o empobrecimento,a fiscalidade, o não crescimento, o desemprego, a emigração, a destruição do sns, o ataque ao estado social, o caos na educação, a paralização do sistema judicial, etc,..parecendo esquecido que, se de facto, havendo algo que se possa apontar nesse sentido, tal deveu-se á irresponsabilidade governamental PS de que ele fez parte, até ao ocorrido na primavera de 2011..!!!
VEM SE VERIFICANDO DE HÁ UNS DIAS, O QUE MAIS ME PARECE, " UMA CAMPANHA INTOXICATÓRIA " DA OPINIÃO PÚBLICA, Á VOLTA DE UM SÉRIO PROBLEMA, QUE NUNCA DEVIA SER UTILIZADO PARA OS FINS BEM VISÍVEIS QUE AÍ ESTÃO, JÁ QUE MAIS NÃO FOSSE, POR RESPEITO AOS DOENTES E SEUS FAMILIARES. REFIRO-ME É EVIDENTE ÁS ANORMALIDADES QUE, NÃO SÃO DE AGORA, SEMPRE EXISTIRAM, EM DETERMINADAS ALTURAS, NAS UNIDADES DE SAÚDE. MAS, O QUE TEM ESTADO A ACONTECER NOS ÚLTIMOS TEMPOS É VERDADEIRAMENTE INCOMPREENSÍVEL( OU TALVEZ NÃO?). SÃO OS NOTICIÁRIOS TELEVISIVOS E CERTOS JORNAIS DE REFERÊNCIA, A BOMBARDEAR-NOS A TODA A HORA, COM ATAQUES AO GOVERNO E SEU MINISTRO DA SAÚDE, POR ALGO QUE VAI ACONTECENDO NOS HOSPITAIS, COMO SE TAL NUNCA SE TIVESSE VERIFICADO, QUANDO O QUE SE IMPUNHA ERA UMA DISCUSÃO SÉRIA «« DO PORQUÊ / E COMO EVITÁ-LO »», SEM DEMAGOGIAS E SEM MEDOS DE POR O NOME AOS BOIS!, CONTUDO OS NOSSOS PRINCIPAIS ORGÃOS DE INFORMAÇÃO ESTÃO MAIS INTERESSADOS EM DAR COBERTURA A CERTOS INTERESSES POLÍTICOS E NÃO SÓ. TODAVIA, AINDA EXISTE POR AÍ, ALGUMA COMUNICAÇÃO SOCIAL QUE FOGE AO " POLITICAMENTE CORRECTO ", COMO É O CASO DO JORNAL O MIRANTE, QUE NA SUA EDIÇÃO SEMANAL DE 29 / O1 / 2015, TRAZ O SEGUINTE TRABALHO JORNALÍSTICO SOBRE A MATÉRIA, QUE AQUI REPRODUZO:
http://semanal.omirante.pt/.....
Fomos ao arquivo de O MIRANTE à procura de notícias sobre saúde editadas em invernos passados e parecia que estávamos a ler as edições de há quinze dias ou de há uma semana. A gripe, as horas e horas de espera nas urgências, a falta de médicos, as moções e protestos dos políticos e o sofrimento dos doentes... está lá tudo, ano após ano.
Edição de 2015-01-29
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O título chama a atenção “Urgências à beira da ruptura”. A data da notícia, em letras pequeninas, remete-nos para 24 de Fevereiro de 2005, há quase dez anos. O que entupia os serviços naquele Inverno é o mesmo de agora, a gripe. O que provocava o aumento do tempo normal de espera era a falta de condições físicas e de pessoal. Na altura não havia entraves à contratação de médicos mas os que poderiam reforçar o quadro de pessoal dos hospitais de Santarém e do Vale do Tejo, não pareciam interessados em sair das grandes cidades.
Duas semanas antes da notícia sobre a ruptura das urgências, O MIRANTE dava uma outra sobre a falta de pessoal. “Para Torres Novas tem sido mais fácil encontrar médicos que queiram fazer urgência do que para Abrantes e Tomar. Segundo Francisco Morgado, director clínico do centro, Torres Novas é o limite da distância para os clínicos vindos dos grandes centros urbanos”, podia ler-se na edição de O MIRANTE sobre a falta de resposta de médicos aos concursos que eram abertos.
“Publicamos anúncios, mas as vagas não são preenchidas. A maior parte das respostas são de profissionais estrangeiros que a Ordem dos Médicos não reconhece e no CHMT não entra nenhum médico que não seja reconhecido pela ordem”, afirmava o então presidente do conselho de administração, Joaquim Esperancinha. Nesse Fevereiro de 2005 a urgência pediátrica fechou durante uma semana por falta de médicos.
Com base em declarações feitas por administradores do Hospital de Santarém, o jornalista que assistiu à mesma escreveu: “Tal como acontece no Centro Hospitalar do Médio Tejo, também o Hospital de Santarém tem publicado anúncios em Portugal e no estrangeiro para recrutamento de médicos, mas as respostas não têm sido positivas.”. Provavelmente o limite da distância não era Torres Novas mas Vila Franca de Xira, ou nem isso.
Cinco anos depois, a 14 de Janeiro de 2010, a notícia que é um clássico dos assuntos de Inverno repetia-se. “Urgências do Hospital de Abrantes entraram em ruptura”. O que muda algumas vezes é o nome do hospital e o ano. Por vezes é introduzido um ou outro elemento. Em 2009 foi associada à palavra gripe, a letra A. Gripe A. Em 2005 começou a ser adoptada nas urgências a chamada triagem de Manchester através da qual os doentes passam a ser ordenados pela gravidade do seu estado. Até então o atendimento era feito por ordem de chegada.
Os congestionamentos das urgências e a falta de médicos continuam a ser notícia todos os anos. Caos e ruptura são os adjectivos mais usados por doentes, políticos. Logo que chega a gripe de Inverno pede-se a cabeça do ministro da Saúde, seja ele quem for e de que partido for. Ou pedem os da esquerda ou pedem os da direita.
Ambulâncias dos bombeiros retidas durante horas nas urgências, tempos de espera de 6, 7 e 8 horas, doentes que tinham sido levados às urgências em ambulâncias de bombeiros e que depois de terem alta ficavam, por vezes altas horas da madrugada, sem possibilidade de regressar a suas casas por falta de transporte, já eram notícia em anos anteriores a 2005 e continuam a ser notícia até aos dias de hoje.
Há protestos que se acentuam devido ao aumento de problemas de atendimento nos centros de saúde. Fim de serviços de urgência, redução de horários, falta de médicos de família, são temas para manifestações, moções, reclamações. “Enfermeiros do Hospital de Santarém dizem-se exaustos e advertem para risco de ruptura” foi o título de uma notícia em Junho do ano passado. Onze anos antes, a 17 de Abril de 2003, uma notícia sobre o mesmo hospital tinha por título, “Faltam enfermeiros”. Reproduzir mais títulos do género é fácil. “Hospital contrata empresa para suprir falta de enfermeiros” (4/10/2006). “Restrição à contratação de enfermeiros está a causar problemas”, (27/1/ 2011), etc, etc....
Quem sofre com a falta de soluções são os cidadãos. “Quando o mar bate na rocha quem se lixa é o mexilhão”, escreveu José Cardoso Pires, há mais de quarenta anos, num dos contos do livro “O Burro-Em-Pé”, que tem por título “Dinossauro Excelentíssimo”, no qual o escritor também fala de “Nuvens de Jumentos”
AINDA BEM QUE VAI HAVENDO OS MIRANTES!
SÓ ACRESCENTO A ESTE OLHAR DE " O MIRANTE ", TRÊS FACTOS IMPORTANTES(RELATIVAMENTE AO PERÍODO VASCULHADO):
1 - A INTERVENÇÃO TROIKANA EM 2011;
2 - ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS RECONHECEM O N/SNS COMO EXCELENTE;
3 - NA SEMANA PASSADA O N/SNS SUBIU MAIS 3 LUGARES NO RANKING;
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JOÃO ALEXANDRE-ABRANTES
Aposentado , Abrantes