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http://www.publico.pt/politica/noticia/condecoracao-de-cavaco-significa-que-durao-estava-certo-quando-se-demitiu-em-2004-1674980
Presidente distinguiu a “natureza extraordinária” do contributo do agora ex-presidente da Comissão Europeia, que "muito beneficiou" o país, com a Ordem do Infante Dom Henrique.
Foi com uma colecção de “rasgados elogios” que o Presidente da República condecorou nesta segunda-feira Durão Barroso pelos dez anos de trabalho desenvolvido na presidência da Comissão Europeia...(CONTINUA)
Antes de mais...desejo sublinhar que acho inteiramente justa esta homenagem...quando vai por aí um coro indecoroso de vozes de línguas viperinas contra o sr. Durão Barroso, incitado por sectores societários bem identificados,mesmo político-partidários de quem se esperaria algum recato(vg.PS), tal é mesmo apanágio da mesquinhez daqueles tais que " nem dos seus filhos se orgulham ",sendo de lembrar aqui uma tal alta personalidade política(?) da nossa praça que por puro desdém(face ao seu não conseguimento de sua pretensão por um alto cargo internacional) não desperdiçava oportunidade de denegrição da figura/cargo de DB...muita razão tem o PR fazendo jus á intuição em nome do país pelo orgulho de termos figuras que, como DB, ascenderam e ascenderão a altos cargos de relevo mundial...!!!!
ADENDA - GOSTARIA DE DEIXAR AQUI A TAMBÉM OPINIÃO DE ALGUÉM " INSUSPEITO " QUE EXERCEU FUNÇÕES DE DEPUTADO EUROPEU:
http://causa-nossa.blogspot.pt/
sábado, 1 de Novembro de 2014
Publicado por Vital Moreira
Não acompanho o coro de vozes contra Durão Barroso, agora que ele termina as suas funções de Presidente da Comissão Europeia.
É evidente que Barroso não vai ficar na história da Comissão Europeia como um segundo Delors (ninguém foi...), que juntou a sua visão e o seu génio à fortuna do tempo e das circunstâncias. Mas, a meu ver, Durão Barroso não foi uma personagem menor, como outros que passaram pelo lugar antes dele.
Durante os dez anos em que ele conduziu a Comissão Europeia a União conseguiu passar três testes decisivos: "digerir" o alargamento a Leste, superar o fracasso do Tratado Constitucional de 2004 e aprovar e pôr em funcionamento o Tratado de Lisboa e, sobretudo, enfrentar denodadamente o enorme terramoto da crise de 2009, que rapidamente se transformou numa ameaça ao Euro e à própria União. Não é pouco!
Pensar que durante a crise Portugal foi vítima das malfeitorias alemãs e que Barroso foi cúmplice delas é uma dupla caricatura. Deixando de lado os erros e atrasos da União na resposta à crise, nas suas diversas vertentes, a verdade é que os poderes e as responsabilidade da Comissão nessa matéria eram limitados e Barroso sempre esteve entre os que defenderam publicamente posições mais firmes contra os Estados-membros que marcaram negativamente as posições da União. Alguns dos discursos mais fortes que ouvi no Parlamento Europeu em favor da solidariedade e da coesão europeia pertenceram-lhe.
Não poucas vezes critiquei as suas posições e opiniões. Mas, como português e como cidadão europeu, entendo que Durão Barroso fez jus ao reconhecimento por uma contribuição globalmente muito positiva para a integração europeia e para o papel de Portugal na mesma.
Aditamento
De um mail de um leitor: "Ainda será cedo para a história, porém já existe um trabalho sério sobre "Les années Barroso,2004-2014" de Éric Bussière (Prof.na Sorbonne) e Guia Migani (Mestre de conferências na universidade de Tours), ed. Tallandier. Afinal, a UE não implodiu, o euro salvou-se, os bancos estão hoje mais vigiados, a União Bancária dá os seus primeiros passos, o BCE ganhou estatuto de supervisor, houve medidas para as alterações climáticas e os efeitos perversos da mundialização são mais escrutinados.»
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JOÃO ALEXANDRE-ABRANTES
Aposentado , Abrantes