Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]




ADOPÇÃO...CO-ADOPÇÃO... NA AR!

por O Fiscal, em 14.03.14

 

http://www.publico.pt/politica/noticia/coadopcao-chumbada-por-cinco-votos-1628292#/0

 

 

Projecto do PS sobre co-adopção chumbado por escassos votos

 

 

Diploma foi rejeitado na especialidade e, por isso, nem sequer foi realizada votação final global.

 

No CDS todos os deputados seguiram a "firme orientação" de voto contra.

O projecto do PS que propõe a co-adopção entre casais do mesmo sexo foi chumbado na especialidade nesta sexta-feira por cinco votos em parte do articulado e por quatro votos noutra parte. Como não houve nenhum artigo aprovado na especialidade, não houve votação final global.

No primeiro conjunto de artigos colocados à votação de 223 deputados registados, o projecto obteve 111 votos contra e 107 a favor, o que corresponde a uma diferença de quatro votos, e cinco abstenções. No segundo conjunto de artigos votados, um deputado do PSD (João Prata) mudou o seu sentido de voto de abstenção para voto contra. 

Entre as abstenções da primeira votação estiveram três deputados do PSD (João Prata, Conceição Caldeira e Maria José Castelo Branco) e dois do PS (João Portugal e Isabel Oneto). Os parlamentares sociais-democratas indicados pela JSD anunciaram declaração de voto.

Na bancada do CDS, 23 deputados (João Rebelo foi o único ausente) votaram contra, em resultado da "orientação firme" de voto dada pela direcção da bancada.

No PSD votaram a favor 15 deputados: Teresa Leal Coelho, Miguel Frasquilho, Luís Menezes, Francisca Almeida, Nuno Encarnação, Mónica Ferro, Cristóvão Norte, Ana Oliveira, Ângela Guerra, Paula Cardoso, Joana Barata Lopes, Pedro Pinto, Sérgio Azevedo, Odete Silva e Gabriel Goucha. Conceição Caldeira e Maria José Castelo Branco mudaram o seu sentido de voto desde a votação na generalidade, em Maio do ano passado, passando de favorável para a abstenção.

Já no PS, nenhum deputado votou contra, registaram-se duas abstenções (Isabel Oneto e João Portugal). Nas bancadas mais à esquerda, PCP, BE e PEV votaram a favor, embora entre os comunistas faltasse um deputado que está em viagem no estrangeiro. 

O projecto de lei socialista propõe a co-adopção de crianças por casais do mesmo sexo, casados ou em união de facto. A iniciativa pretende atende a casos de crianças que já vivem nestas famílias, mas que perdem o seu pai ou a mãe biológica, e correm o risco de ser retiradas ao cônjuge sobrevivente por não com ele qualquer vínculo jurídico.  

Um caminho de avanços e recuos
O projecto de lei do PS, que tem como primeiros subscritores os deputados Isabel Moreira e Pedro Delgado Alves, foi aprovado na generalidade em plenário em Maio do ano passado, numa contagem à tangente, também por cinco votos, com 99 a favor, 94 contra e nove abstenções. Dos 230 deputados que compõem o hemiciclo, votaram 202, tendo alguns parlamentares abandonado o hemiciclo antes do início da votação. Na altura, tanto o PSD como o CDS deram liberdade de voto e houve 16 deputados sociais-democratas que votaram a favor. No mesmo dia, o Parlamento discutiu ainda dois projectos do BE e um do PEV sobre adopção plena por casais homossexuais, mas todos acabaram reprovados.

Depois disso, o diploma foi discutido na especialidade mas a votação final no plenário foi sendo adiada sucessivamente. Em Julho, o PSD conseguiu que a votação final passasse para o início do Outono, depois das eleições autárquicas.

Entretanto, em Outubro, o deputado social-democrata e líder da JSD, Hugo Soares, que é declaradamente contra a co-adopção por casais homossexuais, lançou a ideia de uma proposta de referendo, uma decisão que motivou grande discussão no seio da sua bancada. Hugo Soares justificou que o assunto precisava de uma discussão mais alargada, defendendo que se deveria discutir a questão da co-adopção em conjunto com a da adopção plena por casais homossexuais.

O projecto de resolução sobre o referendo à co-adopção e adopção por casais do mesmo sexo foi aprovado em plenário em meados de Janeiro. Como manda a lei, o diploma seguiu para o Presidente da República, que o enviou para o Tribunal Constitucional, pedindo a fiscalização preventiva da constitucionalidade e da legalidade da proposta.

Os juízes do Palácio Ratton consideraram a proposta inconstitucional por acumular no mesmo referendo as duas perguntas, o que "dificulta a perfeita consciencialização, por parte dos cidadãos eleitores, da diversidade de valorações que podem suscitar, sendo susceptível de conduzir à contaminação recíproca das respostas". Daí que o Tribunal Constitucional tenha considerado que não estava garantida uma "pronúncia referendária genuína e esclarecida".

Comentários:

JOÃO ALEXANDRE-ABRANTES

Aposentado , Abrantes

Mas o que dizer sobre esta matéria " adopção / co-adopção por casais do mesmo sexo "?...cada um de nós terá a sua opinião quer sobre a mesma quer sobre o que se tem vindo a passar á volta de tal assunto na AR desde pelo menos Maio de 2013...mas...deixem-me que diga...o que mais lamento é que não tenhamos(se é que alguma vez tivemos no pós 25/4) um quadro político(da esquerda á direita - da direita á esquerda) digamos á altura dos pergaminhos democráticos que o nosso país tanto merecia(após um obscurantismo de décadas)...é que tudo o que tem girado em redor destas discusões(desde o início/casamento e por aí fora) parece-me que exigiria a qualquer um e verdadeiro democrata como posição prévia e primordial nada menos que a exigência de "audição societária de sua transformação"...!!!!

 

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:38


Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

calendário

Março 2014

D S T Q Q S S
1
2345678
9101112131415
16171819202122
23242526272829
3031



Arquivo

  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2021
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2020
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2019
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2018
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2017
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2016
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2015
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2014
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2013
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D