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http://www.publico.pt/economia/noticia/reforma-do-estado-nao-avanca-porque-ha-muitos-interesses-instalados-diz-cesar-das-neves-1609506
O professor universitário João César das Neves afirmou nesta quinta-feira que “nunca ninguém fez a reforma” do Estado e “nunca ninguém a vai [conseguir] fazer”.
Numa conferência organizada pela Universidade Católica de Lisboa para debater o Orçamento do Estado (OE) para 2014, o economista disse que, enquanto partidos do arco da governação, PS e PSD “fizeram o mesmo em termos de reforma do Estado, porque os interesses instalados não deixaram” avançar com aquilo que considera ser uma verdadeira reforma. E exemplificou: “Não se pode despedir os funcionários públicos neste país”.
César das Neves foi mais longe e defendeu que “os grupos instalados não são os ricos, esses também existem, mas são poucos. O problema são aqueles que conseguem manter uma série de benefícios”.
“Dos 13 mil milhões previstos, cortámos dez”, sustentou o economista, para explicar que houve um avanço na diminuição da despesa pública. No entanto, advertiu para o carácter “pontual e não permanente” das medidas, enquanto o membro da Comissão Política e Económica do PS, Óscar Gaspar, a participar na mesma conferência, acusou o Governo de não ter feito “o trabalho de casa”, considerando que um OE que corte salários e pensões é “de malandro”.
O antigo ministro das Finanças de Cavaco Silva, Miguel Beleza, está de acordo com César das Neves e aponta o que considera ser um número exagerado de professores ou juízes como exemplo da necessidade de reformar o Estado.
Já o jurista e presidente eleito da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, voltou a sublinhar a posição socialista de que a estratégia do Governo “não é o caminho” certo. Referindo-se ao OE para 2014 como o “terceiro orçamento de Vítor Gaspar”, o jurista espera que o Tribunal Constitucional “ponha o Estado de direito na ordem e que o defenda”.
Horta questionou ainda a insistência numa estratégia que considera ser “errada” e afirma que, “entre a dívida e as pessoas”, prefere as pessoas.
No entanto, César das Neves acredita que não há alternativa às medidas acordadas com os parceiros europeus, contrapondo que qualquer outro cenário seria pior. E a escolha, diz, é entre continuar ou não na União Europeia. Seria como escolher entre “ser como a Irlanda ou ser como a Coreia do Norte”.
Em relação ao limite do défice fixado pela troika, Miguel Beleza considerou que teria sido “aceitável” se a meta para 2014 tivesse ficado em 4,5%, por oposição aos 4% fixados com a missão externa.
Aposentado , Abrantes
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De facto "Reforma do Estado" tem sido algo...diga-se em abono da verdade...nem este actual governo nem qualquer outro anterior...alguma vez "quiz" ou "conseguiu"meter ombros...têm "enchido a boca"com tal propósito quando estão no poder depois quando estão na oposição " aqui d´el rei " que o que eles querem é destruir o Estado e vice versa...veja-se por exemplo...neste governo há quanto tempo anda o ministro sr. Paulo Portas a prometer o celebérrimo " guião "...certamente não o é " os cortes " de que se fala...e dizem os PS´s " ah! o governo não faz o trabalho de casa/limita-se a fazer cortes de salários e pensões " por malandrice " esquecendo-se do que fizeram e propuseram há pouco mais de 2 anos no tempo do seu governo Sócrates...sabem...quem tiver dúvidas é ir a google "OE-2011 e PECIV"!